A dor lombar é a segunda que mais acomete o ser humano e por este motivo recebe atenção de diversas frentes de tratamento, de métodos clínicos à cirúrgicos, que buscam curar ou minimizar seus quadros dolorosos. Ela é tão comum que atinge 90% da população, em algum momento da vida, de forma “democrática”, ou seja, independente de sexo, classe social e mesmo faixa etária. Em alguns momentos a dor chega a ser tão intensa que interfere de forma importante em quem tem de conviver com ela. Um exemplo clássico e bastante conhecido é o da pintora mexicana Frida Kahlo, que após sofrer um grave acidente de bonde aos 18 anos, e ser submetida a diversas operações, teve de conviver pelo resto da vida com coletes ortopédicos e de gesso. A dor era tão presente na vida da artista que ela a retratou na tela A Coluna Partida.
Segundo Dr. Claudio Fernandes Corrêa, neurocirurgião funcional especialista em dor, apesar de grande parte dos distúrbios de coluna serem tratados com terapias convencionais com base em medicamentos antiflamatórios e analgésicos agregados às terapias físicas de reabilitação, como fisioterapia convencional, acupuntura, RPG, Pilates, entre outros, há casos em que a cirurgia se faz necessário.
Como explica o médico, se Frida Kahlo vivesse nos dias de hoje, talvez ela pudesse se beneficiar com procedimentos cirúrgicos mais modernos e menos invasivos e ter grande alívio de suas dores, tais como a neuroestimulação medular espinhal e ou implante de bomba de infusão de drogas.
A neuroestimulação medular espinhal é realizada com implante na coluna de fios flexíveis e finos com condutores elétricos – os eletrodos –, sendo a posição determinada de acordo com a localização da dor de cada paciente. Sob a pele e ao nível da coluna, os fios sãos ligados a um gerador posicionado também abaixo da pele, na região inferior da clavícula ou no abdômen, que permite programar a corrente elétrica às regiões medulares, promovendo a inibição da dor, com importante melhora da qualidade de vida.
Já o procedimento do implante de bombas de infusão de drogas é realizado com a inserção de um cateter (tubo fino e flexível) na coluna vertebral, conectado a um reservatório (bomba de analgésico), localizado abaixo da pele do abdômen. Esses dispositivos implantáveis enviam medicação contra a dor diretamente ao fluido ao redor da coluna (liquor), fornecendo alívio do quadro doloroso. O procedimento é simples e a liberação do analgésico ocorre continuamente, conforme programação.
Ambos oferecem resultados positivos, variando os percentuais de acordo com o perfil da doença e do paciente.
[Dr. Claudio Fernandes Corrêa]
Com mais de 30 anos de atuação profissional, Dr. Claudio Fernandes Corrêa possui mestrado e doutorado em neurocirurgia pela Escola Paulista de Medicina. Especializou-se no tratamento da dor aliado a neurocirurgia funcional – do qual se tornou uma das principais referências no Brasil e também no Exterior.
É também o idealizador e coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, serviço que reúne especialistas de diversas especialidades para o tratamento multidisciplinar e integrado aos seus pacientes.
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