Autor: Fernando Brito
Tijolaço
O Brasil está “baratinho”. E a banqueira marchadeira pede que o povo acorde….
Do Valor, agora à tarde, sobre a valorização forte das ações das empresas estatais brasileiras:
“A Bovespa ignorou o mercado externo e fechou em forte alta nesta terça-feira, impulsionado por compras de investidores estrangeiros. Analistas apontaram que a bolsa brasileira está ficando atraente do ponto de vista do estrangeiro, devido à forte desvalorização do real nas últimas semanas. O fluxo de capital externo não é maior porque muitos investidores ainda têm dúvidas se a queda do real frente ao dólar já chegou no limite, se sentem inseguros com a instabilidade política e preferem aguardar a aprovação das medidas fiscais pelo Congresso(…)”
Curioso, não é?
O Brasil, “quebrado” pelo terrorismo econômico, ficou “baratinho” para os investidores que sabem que ele não está quebrado coisa alguma, estultice que deixam para os marchadores otários ou muito espertos.
Porque boba, a madame Ana Eliza, mulher do banqueiro Paulo Setúbal – um dos herdeiros e diretores do Itaú – não é e estava lá na Paulista, de cara pintada e cartaz de “Fora Dilma” (veja a ótima matéria de Monica Bergamo, na Folha, sobre a corte de Maria Antonieta).
Pudera, não é? com essa crise o Itaú lucrou apenas R$ 20,2 bilhões no ano passado e os acionistas, entre eles seu marido, tiveram ganhos de somete R$ 6,6 bilhões.
Só fico com um pouco de medo da recomendação de Mme. Ana, de que “o povo tem que acordar, se mexer”.
Vai que começam a exigir seus brioches…
PS. Às vezes me pergunto se é mesmo possível que isso não escandalize o país, mas aí me lembro da imprensa que temos.