Nota da Central Única dos Trabalhadores – Mais uma vez o Banco Central erra no diagnóstico da conjuntura econômica e, em vez de baixar a taxa de juros, aumenta – para 14,25% – maior patamar desde agosto de 2006.
A CUT entende que em um cenário como o atual, de recessão econômica e aumento do desemprego, mais um aumento na taxa de juros é completamente ineficaz no combate à inflação, principal argumento do governo para manter essa política suicida. Pior que isso, contribui para acelerar o desaquecimento da atividade econômica, uma vez que encarece o crédito, desestimula a criação de emprego e renda e, consequentemente, paralisa o mercado interno.
O resultado deste diagnóstico errado é o aprofundamento da recessão econômica, milhares de pessoas desempregadas, a redução da arrecadação do governo e, por outro lado, mais concentração de renda nas mãos de banqueiros e especuladores financeiros.
Para a CUT, a inflação corrói o poder de compra dos/as trabalhadores/as, desestimula o investimento privado e agrava a recessão. Todo país que enfrenta crise econômica reduz a taxa básica juros para incentivar a produção, o consumo e reativar a economia, como os EUA, por exemplo, cuja atual taxa é de 0,25%. Por isso, a CUT defende uma nova política econômica que ataque de fato as causas da inflação e tenha como objetivo principal o crescimento econômico a geração de empregos e a distribuição de renda.
São Paulo, 29 de julho de 2015.
Executiva Nacional da CUT