Autor: Miguel do Rosário
O Cafezinho
Estamos diante de um sinistro ataque ao Brasil.
A operação Lava Jato, sob pretexto da necessária luta contra a corrupção, está promovendo um desmonte das grandes empresas nacionais de engenharia.
É o que denuncia a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros.
Sob aplausos de uma multidão manipulada pelos meios de comunicação, o Ministério Público e o Judiciário mais caros do mundo estão solapando a economia nacional, destruindo empregos e empresas estratégicas.
E tudo isso para que?
Para combater a corrupção?
Não.
O combate à corrupção é movido pelo espírito do interesse público. Pelo desejo de defender o interesse público. Se o combate à corrupção se politiza a tal ponto em que o interesse público fica em segundo plano, então não estamos mais diante de uma combate genuíno à corrupção, e sim diante de uma conspiração judicial que manipula os instrumentos de uma investigação verdadeira, na qual foram apurados atos verdadeiros de corrupção, para atingir um objetivo político escuso. Tão escuso que se abandona qualquer prudência, qualquer cuidado em relação ao interesse nacional, apenas para obter os aplausos efêmeros de uma mídia decadente e golpista.
Juízes, delegados e procuradores, protegidos pela estabilidade de seu emprego, desfrutando dos mais altos salários do serviço público, estão destruindo empresas nacionais.
Com apoio da mídia, naturalmente, que blinda e abafa todos os abusos da operação, que omite todos os indícios de que a estão transformando numa caça às bruxas, que estão usando uma estratégia de terrorismo econômico, derrubando a economia brasileira com vistas a promover uma ruptura política antidemocrática.
Consultoras independentes já estimaram que a Lava Jato custará mais de R$ 140 bilhões à economia brasileira, para só falar de números. Mas se saírmos dos números, se pensarmos nas grandes estratégias econômicas do país, então o prejuízo é ainda maior.
E a mídia ainda fica alardeando que haverá “recuperação” de 1 bilhão de reais, uma gota no oceano dos prejuízos causados à economia brasileira.
É muito sintomático que, à medida que a crise econômica se aprofunda, o juiz responsável pela Lava Jato demonstra mais e mais euforia com seu trabalho sujo, tirando selfies entusiasmadas com pessoas ingênuas, manipuladas por uma imprensa historicamente descomprometida com os interesses nacionais.
Uma imprensa que não representa o interesse das empresas nacionais, uma imprensa que é antes um braço do imperialismo, como tem demonstrado ser desde a década de 50, sempre, sempre, sempre se posicionando contra o interesse do povo brasileiro, sempre contra a democracia, e sempre a favor de interesses obscuros do capital estrangeiro.
A Lava Jato está promovendo um massacre no emprego da engenharia nacional.
Dessa vez, cumpriremos aqui no Brasil a profecia de Spengler sobre o poder diabólico de manipulação da imprensa massificada.
A opinião pública vai sendo conduzida, qual um bando de zumbis desorientados, na direção de seu próprio abismo.
E o governo, acuado pelo massacre diário, e que nunca entendeu a importância de desenvolver instrumentos eficazes de comunicação, é obrigado a baixar a cabeça e a elogiar aqueles mesmos que minam a economia brasileira.
Em nome de um republicanismo mal ajambrado, um republicanismo despolitizado, um republicanismo cujos critérios não são definidos pelo interesse popular, mas por corporações que nunca foram republicanas, o governo elogia aqueles mesmos que trabalham diuturnamente para lhe destruir.
Leiam aqui o editorial do presidente da Federação de Engenheiros, e depois leiam a matéria de capa da revista Em Movimento, a partir da página 18, sobre a perda de empregos no setor.