J R Braña B.
E morre também parte da história da esquerda do Acre.
Walter Halck (e sua mulher Graça) fizeram história.
O Casarão foi o bar (restaurante) mais importante do nosso estado até hoje.
Depois dele não surgiu mais nada parecido.
Onde a esquerda e os progressistas do Acre se reúnem hoje em dia?
Eu não sei.
Ninguém sabe.
O Casarão era o porto seguro do pensamento progressista acreano.
Nas lutas do Sindicato do Bancários fui lá muitas vezes.
Mil vezes.
O Casarão, fora tudo que representava – tinha o melhor frango frito do mundo.
Sabe lá Deus (e o casal Walter/Graça) com que temperavam aqueles pollos.
Lembro que nos 90 levei o diretor do Dieese, Walter Bareli, para almoçar.
Ele veio a Rio Branco a convite dos Bancários.
Bareli me perguntou:
-O que é o Casarão?
-Quando a gente chegar eu explico…melhor, você vai ver com os seus olhos.
-Bareli ficou entusiasmado com a energia, com a vida que tinha O Casarão.
O Walter do Casarão, que tinha vindo do ABC – o reconheceu e foi cumprimentá-lo.
Vá em paz Walter Halk, um filho da luta, do Brasil, que escolheu o Acre para viver e construir família.
O Casarão será sempre eterno na lembrança da cidade de Rio Branco.
J R Braña B. –