oestadoacre publica artigo do presidente do PT, dep Daniel Zen, sobre o processo interno do Partido dos Trabalhadores para apontar um nome para a disputa do governo em 2018:
EM FAVOR DO BOM DEBATE E DA DEMOCRACIA – Segunda Parte
Tenho andado bastante, nos últimos anos, pelo interior do meu Estado. Primeiro, como Diretor-Presidente da Fundação Elias Mansour, no Governo de Binho Marques, oportunidade em que conheci todos os municípios acreanos, dialogando e debatendo com a sociedade civil, em conferências municipais de cultura, sobre a constituição de um sistema estadual que desse conta do desafio de garantir acesso aos bens e serviços culturais ao povo do Acre.
Depois, como Secretário de Educação do primeiro mandato do Governador Tião Viana, visitando nossas escolas, conversando com nossos professores, servidores de apoio, alunos, pais, gestores escolares e sindicalistas, “vendo de perto para dizer de certo”, podendo dar encaminhamento e soluções concretas para os problemas do dia-a-dia de nossas escolas, urbanas e rurais.
Prossegui com tais andanças, como candidato a deputado estadual, pedindo o voto de confiança dos amigos que havia feito nos anos anteriores. E, depois, como deputado estadual eleito, continuei visitando e conversando com as pessoas, para colher sugestões e prestar contas das ações do mandato aos nossos eleitores e para quem quer que se interessasse pelo nosso trabalho.
Na condição de Presidente recém-eleito do Diretório Regional do PT/AC, continuo agindo da mesma forma: visitando e me reunindo com nossos dirigentes, militantes, filiados e simpatizantes, para debater o desafio diário da construção partidária, as estratégias eleitorais e os temas mais candentes de nossa coligação Frente Popular do Acre (FPA).
Como um dos 4 pré-candidatos da FPA ao Governo do Estado, não poderia fazer diferente. Em tais reuniões, tenho feito questão de defender e reafirmar a importância desse nosso processo, plural e democrático, que considera várias pré-candidaturas ao Governo; de que não há nada decidido no momento, no tocante à tais pré-candidaturas; de que todos os pré-candidatos não só podem como devem fazer seus movimentos para se tornarem opções viáveis que estejam a serviço da FPA, para o caso da decisão se inclinar para este ou aquele nome; e que o mais importante de tudo, independente de qualquer decisão, é a unidade de nossa coligação.
Ao final, tenho conclamado à todos os companheiros a fazer esse debate tomar conta das ruas, pois não se trata de uma disputa fratricida entre companheiros de política, que nos dividiria e causaria fissuras internas, mas sim de uma inovação democrática. Afinal de contas, ao cabo desse processo, independente da escolha, estaremos todos abraçados e unidos em torno de quem for o escolhido(a) para encabeçar nossa chapa majoritária.
Faço isso porque aqui, do nosso lado, não há disputa interna: o que há é um bonito processo de debates e de acúmulo de ideias e concepções, do que há de melhor em cada um de nós que possa inspirar a construção de um programa por meio do qual nós iremos nos apresentar a sociedade e pedir a renovação da confiança que em nós tem sido depositada nos últimos anos, para, quem sabe, continuarmos ajudando a transformar o Acre pra melhor.
Também tenho aproveitado tais oportunidades para dizer o que penso sobre o futuro do nosso Estado. Sobre a necessidade da busca incessante por um padrão máximo de qualidade para nossa educação, com uso da ciência, tecnologia e inovação a serviço da consolidação de uma economia de base diversificada, a partir dos pequenos empreendimentos, urbanos e rurais; sobre como isso pode contribuir para uma geração de empregos de melhor padrão remuneratório, com melhores salários e renda, no setor privado, com mais força do que na área pública; sobre como a cultura, o esporte e o lazer podem contribuir para um padrão civilizatório com mais qualidade de vida e de efetivo combate à violência e ao uso de drogas, colaborando com o trabalho das forças de segurança pública e de saúde; e sobre como podemos avançar na questão da participação social e popular nos nossos governos, radicalizando na construção e consolidação de mecanismos de exercício da cidadania participativa e do controle social sobre a atividade pública, onde todos tomem parte e se sintam co-responsáveis pelas decisões da gestão, compartilhando o êxito dos acertos e a responsabilidade pelos erros.
É nisso que acredito e é sobre isso que vou continuar conversando e dialogando com quem quer que queira nos ouvir e por nós ser ouvido, para construirmos um futuro de esperança, sonhos e continuidade de boas realizações para nosso Estado.
Daniel Zen é bacharel e mestre em Direito, deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores, Líder do Governo na ALEAC, presidente do Diretório Regional do PT/AC e pré-candidato ao Governo d Estado pela coligação Frente Popular do Acre.