EUA ficam até com o jambu do tacacá (é a casa da mãe-joana)

# jambu

portal Amazônia.org.br via caf

Pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) abandonaram três meses de estudos sobre as propriedades anestésicas do jambu porque uma patente registrada nos Estados Unidos os impedia de lançar no mercado uma pomada bucal de uso odontológico. As pesquisas realizadas eram com a substância spilantol, presente no jambu, vegetal usado na culinária amazônica como ingrediente do tacacá e pato no tucupi, por exemplo.

Segundo informações obtidas no departamento de Fisiologia Humana da Ufam, o jambu – planta típica de regiões de trópico úmido – não existe nos Estados Unidos (EUA). Mesmo assim, nos sites de patentes encontraram 15 delas registradas nos Estados Unidos e 34 na Europa.

A substância spilantol é descrita nessas patentes como apropriadas para uso anestésico, antisséptico e ginecológico e vendida no mercado até mesmo como cosmético. (…) Com a perda da patente do jambu, o departamento de fisiologia admite que novas pesquisas agora são realizadas com pelo menos três outras plantas [que] apresentam, também, alcalóides com propriedades semelhantes ao spilantol. (…) O nome das plantas são mantidas em segredo para garantir o sigilo do conhecimento até que tenha sido devidamente patenteada.

O episódio com o jambu, segundo o departamento, demonstra que o conhecimento ancestral dos povos da Amazônia precisa ser melhor [estudado] para que não caia nas mãos de pesquisadores estrangeiros. As propriedades anestésicas do jambu são conhecidas da população local. Suas folhas e flores são usadas sobre o dente comprometido para aliviar a dor. .

(…)

Toda riqueza sendo patenteada: jambu, cacau, petróleo… – J R Braña B.

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