Taboada: Coronavírus: Conheça meu método de proteção

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Venceremos o coronavírus: Conheça meu método de proteção

 

Por Sérgio Taboada

Desde criança eu acredito na inventividade humana. Na criatividade e nas possibilidades. Na observação da natureza, dos arredores e dos fatos. Por isso quase nunca peguei gripes e resfriados. Ainda hoje, já beirando os sessenta anos, as pessoas gripam ao meu redor e eu quase nunca.

Desenvolvi uma prática desde adolescente e fiz a vida inteira. Pela minha experiência funcionava. Mantive no meu silêncio. Só agora, recentemente, ensinei para meus filhos, genro e nora. Eles acharam meio engraçado, mas parece que não consideraram de todo um absurdo. (risos)

Pois bem, com a epidemia do Coronavírus, o Covid-19, vi um médico num desses programas de televisão falando sobre o contágio e descobri que meu método particular tinha toda razão de ser! No programa o doutor disse que uma das formas de contágio é através de gotículas da tosse e do espirro de uma pessoa infectada que pode ser inspirado por outra através da respiração ou ficar em alguma superfície para contato. Tinha até uma animação gráfica mostrando o vírus saindo de um nariz ou boca e entrando no nariz ou boca da outra pessoa através da respiração.

Parei! Sorri pra mim mesmo. Estava ali a comprovação científica do meu método particular. Eu nunca respirei o espirro ou tosse dos outros. Como? Simples. Toda vez que uma pessoa faz isso perto de mim, fecho a boca, paro a respiração e me afasto de forma dissimulada. Dou vários passos e para começar a respirar expiro o ar que tem nos pulmões e então absorvo outro ar não “espirrado ou tossido” rss. Garanto: funciona.

Já fiz de tudo para garantir o método. Levantar com a respiração presa inventando que tinha que fazer uma ligação urgente, sair de fininho para não dar na vista e até sair de elevador em outro andar alegando que tinha algo a fazer ali. Tipo:”__Ah esqueci que tenho que….” Ao se afastar a pessoa não percebe que você não complementa a frase rsss

Mas com o tempo e epidemias como a do H1N1 aprendi as outras providências mais tradicionais. Lavar as mãos, passar álcool em gel, lavar o rosto, nunca passar as mãos nele, coçar cabelo ou barba. Manter distância e não cumprimentar com apertos de mãos, abraços ou beijos as pessoas.


Coronavírus: Do medo à ampliação da consciência – aqui no oestadoacre


Isso tudo nos torna bastante protegidos, mas a pandemia do Covid-19 exige alerta total das nossas guarnições. Todos sabemos que ele invade nosso organismo pelo rosto. No caso olhos, boca e narinas. Eis o alvo do inimigo. Eis onde devemos posicionar todas as nossas defesas. Quem conseguir isso está salvo. Há muitos truques que podem ajudar. Eu, por exemplo, aperto os botões do elevador com a ponta da chave do meu carro. Depois passo álcool em gel nela. E aprendi, nos casos de ter que usar uma das mãos, utilizar a esquerda, já que naturalmente por ser destro, num descuido a tendência é levar ao rosto a mão direita. Vale tudo na luta pela sobrevivência.

Em casa há regras para todos seguirem. Estamos em isolamento. Não recebemos parentes e amigos. Quando um membro da família chega da rua primeiro lavas as mãos e o rosto sem se aproximar dos outros e segue quase imediatamente para o banho. Depois está livre para a convivência. Quando necessito sair de casa vou repetindo em silêncio: “não vou tocar a mão no rosto, não vou tocar a mão no rosto, não vou tocar a mão no rosto…” Maluquice, não é? (risos) Mas funciona.

No entanto, para que as coisas deem certo é necessário que as outras pessoas também sigam os protocolos de segurança e higiene recomendados. E o mais importante e necessário: que os governos, notadamente o federal, cumpram com suas obrigações e tomem medidas efetivas. No caso dessa pandemia o governo brasileiro já deveria ter fechado fronteiras, suspendido voos de outros países com grande contaminação que todo dia nos enchem com milhões de vírus via aeroportos, cancelado o expediente de trabalho em todo o território nacional por uma semana enquanto organizaria medidas de contenção da epidemia. Para isso precisa subordinar seus interesses políticos autoritários e os econômicos dos grandes bilionários à defesa da saúde, à dignidade e à vida da população.

Não é o que vem ocorrendo. Mesmo depois de algumas medidas anunciadas o Brasil continua um país sem rumo, navegando em águas tormentosas enquanto Bolsonaro caça “comunistas,” inimigos imaginários, xinga mulheres e briga com o mundo inteiro pela rede social. Seu caso não é de impeachment. É de interdição por incapacidade mental.

Sérgio Taboada – armado até as narinas contra ditaduras e coronavírus.


Antes publicamos: Coronavírus: Do medo à ampliação da consciência

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