Narciso Mendes: (…) a imprensa cínica, mercenária e vil (…)

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oestadoacre publica artigo especial de Narciso Mendes que aborda a necessidade do enfrentamento às fakenews e o papel da imprensa nesse duelo.


Combatê-lo é preciso

 

Por Narciso Mendes

O vírus da desinformação, as tais fake News, a exemplo do coranavírus, precisa ser tenazmente combatido.

Walter Scott, poeta, romancista e historiador escocês, o melhor do seu tempo, morreu em 21 de setembro de 1832, portanto há quase 200 anos e é  de sua autoria a seguinte expressão: “A imprensa será, nos séculos futuros, a ciência do bem e do mal”.

Joseph Pulitzer, mundialmente celebrado como o melhor jornalista de todos os tempos, morreu em 1903, ainda assim já havia expressado: “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta, formará um público tão vil quanto ela mesma”. O nosso saudoso Rui Barbosa simplesmente disse: “A imprensa é o dever da verdade”.

Se vivos fossem, como estariam reagindo os personagens acima citados? Certamente decepcionados, afinal de contas, graças à internet, quanto mais espalhafatosa for à mentira, mais espaços ela ocupa nas nossas redes sociais, e não raramente, compondo as manchetes dos nossos principais veículos de comunicação.

No Brasil, um dos países do mundo mais contaminados com o vírus da desinformação, as nossas redes sociais foram tomadas de assalto pelas gangues de internautas e a grande maioria delas dedicadas, única e exclusivamente, à veiculação de mentiras.

A propósito, sem grandes dificuldades, poderia citar uma dezena delas cuja missão tem sido endeusar o presidente Jair Bolsonaro, e em igual número e intensidade, as que insistem em satanizá-lo. Assim procedem: separam o joio do trigo, e quando lhes interessa noticiam o joio. Quantas pessoas inocentes já tiveram suas reputações assassinadas e quantos criminosos notórios foram poupados das execrações públicas por terem sido poupadas nos espetáculos midiáticos que promovem?

Aqueles que se munem do direito de livre manifestação de pensamente e de opinião, precisam entender que este direito não é absoluto, pois se assim fosse, estariam à vontade para injuriar, difamar e caluniar. Neste particular assim se expressou Jean-Paul Sartre: “Ser-se livre não é fazermos aquilo que queremos, mas querer-se aquilo que se pode”.

Não podemos permitir que a mentira aprofunde suas raízes. Quem assim procedeu foi Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha nazista. Segundo ele, uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade.

A nossa democracia não se consolidará à base da mentira, das tais FakeNews, e sim, quando a verdade se constituir num imperativo, particularmente, dos tantos quantos se arvoram em formadores de opinião. A internet, dada a sua extraordinária capacidade de veiculação, não pode continuar dando abrigo as súcias que as utilizam para divulgar inverdades. Não podemos permitir que as mentiras alheias acabem nos contaminado.

Narciso Mendes – empresário (foi deputado federal constituinte pelo Acre)

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