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Salários dos professores de Rio Branco: pelo menos 20% defasados
O sindicato dos professores – Sinproacre – encaminhou um documento contundente ao prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, exigindo o mais breve possível negociações salariais, haja vista as perdas salariais aviltantes e mais de três anos sem reposição dos vencimentos.
Para a presidente do Sinproacre é preciso haver negociação: ‘A comissão de negociação foi instalada, mas até agora não houve nenhum avanço. Não há proposta por parte da gestão pública.’ Alcilene Gurgel ressaltou que os trabalhadores estão enfrentando o aumento do custo de vida e a cada dia, a inflação, o alta dos preços dos combustíveis, do gás de cozinha e da energia elétrica vem corroendo nossos salários. ‘Só de janeiro a agosto desse ano, segundo o IPC, a inflação chegou a 9,28%, devendo nos próximos meses alcançar a casa dos 12%.’
A defasagem salarial se arrasta há três anos: ‘Desde janeiro de 2018, os professores não têm seus salários reajustados e neste período de três anos os índices inflacionários anuais, representam um acumulando 20% aproximadamente’, acrescentou a dirigente do Sinproacre. ‘Enquanto a arrecadação da prefeitura só cresceu, o que nos dá segurança da margem legal dentro da Lei de responsabilidade fiscal, para a as tratativas necessárias de recuperação do poder aquisitivo da remuneração dos professores’, informa Alcilene.
A liderança sindical diz ainda que ‘historicamente o sindicato negociou com responsabilidade pactuando o teto de investimento na folha de pagamento em 46% da arrecadação. De acordo com nossos acompanhamentos, do ano de 2018 até agosto desse ano, este percentual vem decaindo com tendência de chegar ao fim de 2021, na casa dos 42%, o que significa uma boa margem da RCL para aplicação de recursos em salários dos servidores.’
A presidente do Sinproacre aguarda que ‘o prefeito de Rio Branco determine a celeridade das negociações e que também apresente proposta concreta aos professores ainda no mês de outubro.’