Crônica de Dandão: Segue o jogo

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Segue o jogo

 

Francisco Dandão – Foi uma rodada perfeita para os clubes acreanos essa quinta da série D, jogada no fim de semana passado. O Rio Branco deu um sacode no roraimense Náutico, lá na casa dos caras (4 a 1) e o Humaitá (aleluia!!!) tirou o dedo daquele lugar e venceu a primeirinha (2 a 1 no São Raimundo-RR).

Agora, como o tempo não para, eis que se aproximam novos desafios: o Humaitá, também conhecido nas melhores rodas de boleiros como “Tourão de Porto Acre”, encara o Trem, na bela e aprazível Macapá. E o Rio Branco, cujo símbolo é um “Estrelão”, joga a liderança do Grupo 1 com o Amazonas.

No meu entendimento (no mais das vezes equivocado, mas vá lá que seja), dá pra vencer as duas. O Trem, adversário do Humaitá, até aqui não ganhou de ninguém. Em cinco exibições, levou três lapadas e somente empatou duas. E o Rio Branco, pode muito bem aproveitar o fator casa.

Além do mais, o Humaitá ganhou dois reforços nos últimos dias: o técnico Álvaro Miguéis, conhecedor profundo das dificuldades da Série D, tanto que já fez subir o Atlético em anos anteriores; e o atacante Fabinho, que foi o artilheiro do time no campeonato acreano e que estava suspenso.

Do glorioso Trem não tenho notícias detalhadas sobre eventuais reforços ou baixas. Também não tenho informações sobre qual é o combustível que move a referida locomotiva. Não sei se ela é movida a lenha, carvão, óleo diesel, energia nuclear ou na base do empurrão mesmo.

Nenhuma dessas possibilidades de combustível, porém, parece assim tão confiável. Se a locomotiva for movida à lenha ou carvão, o problema é com o meio ambiente. Se for óleo diesel, com o preço nas alturas, não chega ao fim da partida. E no empurrão, aí vai ter que ter muito preparo físico.

Quanto ao Rio Branco, pra fazer com que a sua estrela brilhe de forma a cegar os adversários (principalmente o goleiro lá deles), eu penso que a melhor estratégia e não deixar chegar ao Acre nenhum quilo de jaraqui ou sanduiche “caboquinho”, as comidas preferidas de amazonense que se preza.

Em vez disso, se for possível dar um pitaco no cardápio dos visitantes, creio que poderá ajudar servir-lhes iguarias como uma suculenta feijoada, ou uma gordurosa panelada, ou uma “jabutizada” no leite de castanha. Tudo isso misturado com boas toneladas de farinha d’água e pimenta murupi.

E para fechar esse papo aranha de hoje, chamo a atenção para o dia dos jogos. O do Rio Branco e Amazonas vai ser sábado, justo o dia em que Deus descansou depois da criação. E o do Humaitá contra o Trem vai ser na segunda-feira, conhecido como o dia mundial da preguiça. Segue o jogo!

Francisco Dandão – poeta, cronista, escritor e tricolor

oestadoacre.com

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