Idéias: O Genocídio Yanomami

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*Kairo Araújo – O ex-presidente e a sua nefasta equipe nada fizeram para evitar que centenas de Yanomami morressem de malária e de inanição, e só de pensar que essa corja malfazeja se autodenomina cristãos nos enche de náuseas. Segundo o líder indígena Junior Hekurari, em entrevista ao “Estúdio i”, da GloboNews, foram feitos mais de 60 pedidos de ajuda ao então presidente, que simplesmente não concedeu nenhuma resposta e negligenciou a situação dos indígenas, permitindo que garimpeiros ilegais invadissem suas terras e ocasionassem toda essa tragédia.

Segundo as denuncias dos indígenas, os garimpos ilegais contaminaram as águas da região, os garimpeiros mataram mulheres e destruíram unidades de saúde que serviam para atender a comunidade Yanomami, tudo isso com a anuência do ex-presidente, que chegou a visitar os garimpeiros.

O grupo que deixou a presidência do Brasil é moralmente indefensável, praticam o que o filósofo, teórico político, historiador, intelectual e professor universitário camaronês Achille Mbembe, chamou de necropolítica, que de forma grosseira seria o poder político e de Estado sendo utilizado para decidir quem pode viver e quem deve morrer ou simplesmente ser lançado à própria sorte, sem o amparo e a proteção do país e suas leis.

Um político quando assume um cargo, não é responsável por uma parte ou por interesses de nichos, deve atender a todos, principalmente quando ocupa o cargo mais importante da República. No entanto, o governo do ex-presidente, que se autodenominava cristão, da família e dos bons costumes, permitiu que coisas atrozes ocorressem com a população Yanomami.

Quando o ex-presidente era Deputado Federal, já demonstrava o seu espírito genocida que em nada se assemelha aos ensinamentos do Cristo que ele diz ser seguidor. Conforme o seu relato, exposto na imagem acima, ele sempre foi o que é: um grandessíssimo canalha. De sorte que, ele só enganou quem é demasiadamente desinformado, ou aqueles que acham que Jesus se alegra com a morte dos oprimidos, com a exclusão dos desfavorecidos, com aqueles que desumanizam o “próximo” e que pensam que Deus só quer salvar e dar vida em abundância a uma pequena seita.

*Kairo Araújo, historiador

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