Chagas Batista – Tarauacá historicamente apresentou característica peculiar histórica nos processos das disputas eleitorais. A principal marca é o acirramemento de dois pólos: progressistas e conservador autoritário.
Uma breve retrospectiva mostrar o comportamento da grande maioria do eleitor Tarauacaense nos últimos 40 anos. Essa tendência tem um curso bem anterior. Iniciou principalmente no período de ditadura de 1964 a 1985.
Pegamos apenas as últimas quatro décadas para exemplificar: a luta democrática de Tarauacá dos anos 70, elegeu prefeitos e revelou Nabor Júnior primeiro governador eleito em 1982. Primeira eleição democrática após o golpe de 1964.
Nas eleições municipais seguintes, o MDB, partido do governador Nabor Júnior – venceu duas eleições municipais (1985 e 10888). No início da décadas de 90 (1992), forças progressistas e de esquerda se dividiram e venceu o candidato da direita conversadora.
Na eleição seguinte (1996), PT e PCdoB unidos venceram as eleições para a prefeitura. Em seguida, PT e PCdoB se dividiram e fizeram um duelo numa eleição plebicitária. O PT venceu a eleição e governou por mais quatro anos.
Em 2004, mais uma vez, PT e PCdoB divididos favoreceu a eleição de um candidato identificado com o campo conservador e de direita. Em 1988, o prefeito entrou na Frente Popular, concorreu à reeleição e venceu o PCdoB e PT por uma diferença de um ponto percentual.
Em 2012, PT e PCdoB votaram à prefeitura em mais uma eleição polarizada com a direita. 2016, com a cassação da presidente Dilma-PT e a reação das forças conservadoras no Brasil, a oposição conservadora voltou ao comando ao governo municipal.
2020, as forças democráticas se dividiram em mais de uma candidatura e venceu uma candidatura identificada com o posições mais à direita. A atual prefeita é uma espécie de Bolsonarismo messiânico, mistura a política com a religião para fazer o povo crer que ela é guiada por uma governança divina.
É importante frisar que durante 20 anos em que a Prente Popular governou o estado, Tarauacá sempre foi um pólo dos melhores resultados eleitorais.
Podemos dizer que o eleitorado do município se divide em dois pólos, esquerda x direita, no entanto tem um percentual importante que gravita entre esses dois campos, decidindo sempre para lado que apresenta maior perspectiva de vitória.
Após a aprovação do instituto da reeleição, quando o prefeito(a) busca a recondução do cargo no exercício da máquina administrativa, nunca houve mais de duas candidaturas. Tudo indica que é o que vai acontecer na próxima eleição. Um Fla-Flu bastante disputado.
Acredito que a oposição alternativa à atual gestão virá bem reforçada e com favoritismo. Isso porque, para próxima eleição, de forma inédita, a aliança oposicionista trabalha uma composição que une todo esquerda, o centro e parta do centro-direita.
A aliança oposicionista não será apenas de vermelho, terá múltiplas cores: vermelho, azul, amarelo, verde e branco. Será um disputa bastante interessante, quem viver verá.
Chagas Batista, de Tarauacá – escreve semanalmente em oestadoacre.com sobre temas de Tarauacá
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