Bolsa atleta impulsiona atletas brasileiros no Pan de Santiago

Ministério dos Esportes

Atletas brasileiros na Vila Pan-Americana com o diretor-geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e chefe da missão brasileira em Santiago., Rogério Sampaio. Foto: Wander Roberto/COB

O Brasil começou sua participação nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, no Chile, com um recorde. É a maior delegação da história do país em uma competição no exterior. São 635 atletas, incluindo os reservas, que vão disputar 60 modalidades. Destes, 469 são contemplados atualmente pelo Programa Bolsa Atleta do Governo Federal, ou seja, 73,8% da delegação. O investimento previsto para 2023 nesses atletas é de R$ 20,69 milhões.

Se consideramos os atletas que receberam a bolsa pelo menos uma vez durante a carreira, o número sobe para 579, ou 91% do grupo brasileiro. Com esse apoio, a delegação nacional vai em busca de duas grandes metas em Santiago: conquistar o maior número possível de vagas olímpicas para Paris 2024 e manter o Brasil entre as três principais potências esportivas das Américas.

A jornada começou oficialmente nesta sexta-feira (20.10), com a Cerimônia de Abertura dos Jogos marcada para 20h30, no Estádio Nacional do Chile, em Santiago. À frente da delegação brasileira, os porta-bandeiras serão Fernando Scheffer, da natação, e Luisa Stefani, do tênis, medalhistas olímpicos de bronze em Tóquio. Até o dia 5 de novembro, mais de 7 mil atletas de 40 países vão competir no Pan.

“O Brasil vem dessa vez com sua maior comitiva de atletas, são mais de 600, e com força total em todos os esportes. Nós temos certeza que o Brasil sairá vitorioso e fará história. E o Ministério do Esporte, em nome do presidente Lula, também vem ajudando. Acabamos de ter o recorde no número de atletas beneficiados pelo Bolsa Atleta. Estamos unidos, em parceria com as confederações e comitês, para que o Brasil possa se desenvolver e ser essa potência que todos nós queremos”, afirmou o ministro do Esporte, André Fufuca.

Na última edição dos Jogos Pan-Americanos, disputados em 2019, em Lima, no Peru, o Brasil bateu seu recorde de medalhas de ouro (54) e de pódios (169). Com isso, terminou a competição em um histórico segundo lugar no quadro geral de medalhas, repetindo o feito dos Jogos Pan-Americanos de 1963, realizados em São Paulo. Os atletas brasileiros ainda conquistaram 29 vagas olímpicas para Tóquio.

“Sempre queremos fazer hoje melhor do que fizemos ontem. O resultado de Lima foi sensacional, o sarrafo de resultados aumentou, mas a gente quer fazer melhor, a gente sabe que pode evoluir. Estamos confiantes em todo o trabalho que foi feito nesses últimos quatro anos e queremos consolidar a nossa posição ente os três primeiros países na classificação final do quadro geral de medalhas dos Jogos Pan-Americanos”, disse Rogério Sampaio, diretor-geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e chefe da missão brasileira em Santiago.

Além de mirar o top 3 do quadro de medalhas, o Time Brasil vê o Pan de Santiago como uma importante janela de classificação para os Jogos Olímpicos Paris 2024. No Chile, 33 modalidades vão distribuir vagas olímpicas ou pontos para classificação aos Jogos Olímpicos. Das 33 modalidades, 21 terão vagas diretas e 12 darão pontos importantes para o ranking. Atualmente, o Brasil já tem 105 vagas garantidas em Paris 2024.

Campeões em ação

Para alcançar as metas, o Brasil conta com uma delegação recheada de medalhistas olímpicos, mundiais e grandes nomes do esporte. Entre os principais, estão Rebeca Andrade, campeã mundial de ginástica no salto no início deste mês; Ana Marcela Cunha, campeã olímpica nas águas abertas; Isaquias Queiroz, campeão olímpico na canoagem velocidade; e Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs olímpicas na vela, todos eles contemplados pelo Bolsa Atleta.

“É meu primeiro Pan, então eu estou muito animada e muito feliz de estar aqui. As meninas que vivenciaram esse momento, também já têm mais experiência, estão dividindo essa energia e essa paixão aqui comigo. Então está sendo sensacional. Espero que seja uma excelente competição pra gente”, disse Rebeca Andrade na chegada à Vila Pan-Americana.

Para Sandy Macêdo, do taekwondo, o Pan é uma oportunidade única. “É a competição mais esperada da minha carreira. Desde 2021 estou me preparando muito”, disse a atleta de 22 anos, que, assim como Rebeca, é contemplada pelo Bolsa Atleta. “A Bolsa é importantíssima para mim, me ajuda a lutar fora, em outros países, o que é essencial para pontuar no ranking e conseguir estar em grandes competições. Sem o Programa, eu não teria conseguido”, afirmou.

 

 

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