Em busca de soluções para inclusão socioeconômica de pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, se reuniu nesta quarta-feira (03.04) com a secretária municipal de Acessibilidade de Niterói, Tânia Regina Pereira Rodrigues, em Brasília–DF.
Entre os assuntos tratados na reunião, estava a dificuldade de inserir as pessoas com deficiência no mercado de trabalho, devido à baixa escolaridade e a remuneração mínima oferecida em muitos cargos, levando muitos a preferirem o BPC à busca por um emprego.
A secretária Tânia Regina destacou a necessidade de transformar associações de deficientes em formadores de capacitação profissional, permitindo que essas pessoas retornem ao mercado de trabalho com melhores salários e sem receio de perder o benefício. “A ideia é que as associações se tornem centros de treinamento, capacitando as pessoas com deficiência e aumentando suas chances de conseguir um emprego com boa remuneração”, explicou a secretária.
Tânia também apresentou a proposta de um sistema gradual de desligamento do BPC, à medida que a pessoa se insere no mercado de trabalho, sistema similar à regra de proteção do Bolsa Família. “A pessoa não perderia o benefício de forma abrupta, mas sim gradativamente, conforme a sua renda”, detalhou.
O ministro Wellington Dias explicou o funcionamento da regra de proteção do novo Bolsa Família, se mostrou receptivo às propostas apresentadas e se comprometeu a estudar a viabilidade. “Da parte do governo, existe uma abertura para discutirmos esses pontos que irão aperfeiçoar os mecanismos de inclusão econômica das pessoas com deficiência”, frisou.