ABDI: secadores suspensos a microprodutores de café no Juruá

ABDI e Instituto Amazônia +21 asseguram secadores suspensos para microprodutores de café no Juruá

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Anúncio foi feito durante reunião realizada na nova estrutura do Complexo Industrial do Café do Juruá, em Mâncio Lima (AC)

Divulgação – Ao menos quinze microprodutores de café da região do Juruá serão contemplados com a construção de terreiros suspensos para a secagem de café em suas propriedades. A ação é fruto de uma parceria entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Instituto Amazônia +21, no qual a Agência é filiada.

O anúncio foi feito em reunião com mais de 100 produtores de café neste sábado, 3, já na estrutura do Complexo Industrial do Café do Juruá, em Mâncio Lima (AC).

A iniciativa é uma extensão do projeto Café Amazônia Sustentável, que tem como objetivo implementar um modelo cooperativista socioeconômico sustentável de beneficiamento de café, proveniente de culturas familiares da região do Vale do Juruá, no Acre, com a construção do Complexo Industrial do Café.

Os produtores contemplados serão aqueles que possuem até sete hectares de plantio de café e, devido à pequena produção e em função da logística e do custo de transporte, terão dificuldade de se deslocarem até o Complexo Industrial do Café, em Mâncio Lima.

“Eu gosto de trabalhar com o cooperativismo e acredito nessa união. A ideia é que os produtores beneficiados possam compartilhar o terreiro de secagem com produtores que morem nas redondezas. Assim, mais pessoas são beneficiadas”, disse a diretora de Economia Sustentável e Industrialização, Perpétua Almeida.

Os secadores suspensos utilizam a energia solar para secar os cafés, o que agrega qualidade e valor ao produto final, incentivando os produtores da região a melhorar ainda mais o seu cultivo.

“A gente que não tem condições, a gente seca nosso café no chão, em cima de uma lona. Se chegarmos a ser contemplados com o secador suspenso, vai ajudar bastante”, disse o produtor José Altevir.

Orçado em mais de R$ 8 milhões e com contrapartida da Coopercafé no valor de R$ 1,7 milhão, a construção da estrutura já alcançou mais de 90% do total.

Nesta semana chegaram os primeiros equipamentos do complexo industrial – seis secadores de 15 mil litros, o que representa cerca de 40% do total dos maquinários da indústria.

Café Amazônia Sustentável

O projeto Café Amazônia Sustentável, iniciativa da ABDI, tem como objetivo implementar um modelo cooperativista socioeconômico sustentável de beneficiamento de café, proveniente de culturas familiares da região do Vale do Juruá, no Acre – o Complexo Industrial do Café.

Estima-se que o projeto atinja, até o fim de 2024, mais de 150 famílias e 1.500 pessoas. Atualmente, existem 1,5 milhão de pés de cafés plantados na região pelos produtores cooperados, sendo que mais da metade dessas plantações é de pequenos e médios produtores.

A previsão é de que, na safra de 2025, sejam produzidas 34 mil sacas de café oriundas do projeto.

Entre os principais benefícios estão o aumento da produtividade e da qualidade do café, aumento de renda direta e indireta dos agricultores familiares da região, incremento de toda cadeia produtiva do café, aumento do número de produtores de café e de áreas cultivadas, redução de gargalos produtivos da cadeia, transformação regional, melhoria da qualidade de vida dos agricultores e da região de forma geral.

(foto: Rodolfo Vilela)

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