A ilusão dos créditos de carbono e o custo real para o Acre

Meio-ambiente

Foto: secom

A imprensa do Estado noticia…

O “destaque internacional” do Acre na captação de recursos por meio dos créditos de carbono, exibido em painéis na COP 29.

No entanto, pouco se questiona sobre quem realmente se beneficia desse modelo e quais são os impactos reais para a população…

O crédito de carbono é apresentado como uma solução mágica para a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico.

Mas, na prática, trata-se de um sistema que vende a ilusão de sustentabilidade enquanto perpetua desigualdades…

E que ignora os problemas locais.

Quem são os verdadeiros beneficiários desse mercado?

Certamente não são os posseiros das terras.

Nem as populações indígenas e ribeirinhas que enfrentam pressões diárias para que suas terras sejam convertidas em “reservas de carbono” para atender às metas de grandes empresas…

Esses créditos, vendidos para corporações que continuam poluindo em outros locais do mundo, não reduzem nada.

Ao contrário, criam um “mercado verde” que nada mais é do que uma fachada para o capitalismo continuar explorando o planeta…

As terras do Acre, na prática, tornam-se valiosas commodities internacionais, criando conflitos e tensões.

Em vez de fortalecer a soberania do povo acreano e garantir seu direito de decidir sobre suas próprias terras…

A verdadeira preservação não se faz com títulos de carbono vendidos para multinacionais.

Mas com a garantia de direitos para as comunidades locais…

Modelos econômicos voltados para o bem-estar coletivo.

E não para a especulação do mercado…

oea

 

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