O BPC foi criado em 1988, com a Constituição.
Desde então, a cada ano, o número de beneficiados cresceu.
Cresceu nos governos Collor, Itamar, FHC 1 e 2, Lula 1 e 2, Dilma 1 e 1,5…
Quando chegou o governo Bolsonaro, o crescimento parou – congelou – nos três primeiros anos.
Paulo Guedes e Bolsonaro interromperam a fila, e a consequência foi o aumento de mendigos e pedintes nas ruas de todo o Brasil… Tudo conforme os desejos do mercado.
Detalhe: no último ano do governo Bolsonaro, para tentar ganhar a eleição a qualquer custo, abriram a fila novamente, e o BPC voltou a crescer.
Agora, pressionado pelo mercado – e não apenas pelo mercado, mas também por convicção de parte do governo Lula – o ministro Fernando Haddad apresenta um pacote de gastos, cujo principal ponto é acabar com a política de reajuste do salário mínimo (criada no governo Lula 1) e dificultar o acesso ao BPC, com a desculpa de que há fraudes.
O índice de fraudes, porém, é insignificante se considerarmos o tamanho desse programa.
O que fazer?
Retirar do pacote as medidas que prejudicam os programas sociais criados pelo próprio governo Lula.
Mas isso não acontecerá se todos ficarem passivos, esperando as coisas acontecerem…
É preciso agir e cobrar do governo que abandone essa política neoliberal – a mesma de Bolsonaro e Paulo Guedes – de ataque aos programas sociais.
Devemos pressionar o governo pela esquerda, porque essa política de retirada de direitos é característica da direita e da extrema-direita.
É fundamental cobrar que o governo Lula enfrente os privilégios do mercado – os super-ricos –, os verdadeiros sugadores do trabalho e da riqueza do povo trabalhador brasileiro.
J R Braña B.