Em 2024 o Brasil registrou um marco importante: mais da metade dos domicílios, 50,1%, estão na classe C ou superiores, consolidando o país novamente como predominantemente de classe média. Esse é o melhor resultado desde 2015, segundo estudo da Tendências Consultoria, divulgado pelo O Globo.
O que impulsionou essa mudança?
A principal razão para a ascensão social foi a melhora no mercado de trabalho pós-pandemia. Entre os fatores que contribuíram estão:
- Aumento da massa salarial: crescimento de 9,5% na renda da classe C em 2024, impulsionado pela valorização do salário mínimo.
- Redução do desemprego: menor taxa histórica, de 6,1%, no final do ano.
- Queda na desigualdade: as famílias mais pobres tiveram um aumento de 10,2% na renda.
Distribuição de rendas por classes sociais
- Classe C: Renda domiciliar entre R$ 3,5 mil e R$ 8,1 mil. Melhor desempenho em 2024, com crescimento de 9,5%.
- Classe B: Renda entre R$ 8,1 mil e R$ 25 mil. Segundo melhor desempenho, com alta de 8,7%.
- Classe D/E: Mobilidade social mais lenta, refletindo desigualdades estruturais.
Impactos futuros
Embora as perspectivas para 2025 sejam de crescimento mais lento (6,4% para a classe C), especialistas alertam para desafios, como a necessidade de melhorar a qualidade da educação e reduzir a dependência de ciclos econômicos para garantir mobilidade social sustentável.
O estudo destaca que a classe média foi impulsionada por avanços no emprego formal, que geraram 3,6 milhões de novas vagas com carteira assinada entre 2023 e 2024.
(oea)