Escola da Terra: educação do campo como ferramenta de transformação social no Alto Acre

Programa do MEC promove formação continuada para 160 professores rurais em Xapuri, Brasileia e Assis Brasil, fortalecendo a educação pública e comunitária.

Crédito: Mardilson Gomes/SEE

O programa Escola da Terra foi lançado nesta segunda-feira (27) no polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) de Xapuri, fruto de uma parceria entre a Universidade Federal do Acre (Ufac), as secretarias municipais de Educação (Semes) e a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE). A iniciativa reafirma o compromisso com a valorização dos trabalhadores da educação rural e com o acesso à formação continuada de qualidade.

O programa beneficiará 160 professores do campo nos municípios de Xapuri, Brasileia, Assis Brasil e Epitaciolândia, sendo metade da rede estadual e metade das redes municipais. A formação será realizada em seis módulos, divididos entre o “tempo universidade”, com estudos teóricos, e o “tempo comunidade”, onde os professores aplicarão práticas pedagógicas diretamente nas comunidades rurais.

Durante a abertura em Xapuri, a professora Maria Clara Geraldo Siqueira, coordenadora estadual do programa, destacou a importância da iniciativa:

“A educação do campo enfrenta desafios únicos. Com o Escola da Terra, os professores terão a oportunidade de aprimorar suas práticas pedagógicas e fortalecer o ensino nas escolas rurais.”

A professora Fernanda Abreu, presidente da Undime/Acre, celebrou o início do programa em Xapuri como um marco para a formação continuada no estado:

“É gratificante ver um programa que chega tão próximo dos professores do campo, valorizando suas especificidades e garantindo apoio técnico e metodológico.”

Educação como ferramenta de emancipação

Para a professora Maria Raimunda Mendes, que leciona na escola rural Jofre Alves Koure, o programa traz esperança de melhorias significativas:

“É um chamamento que nos motiva. Espero que esta formação traga inovações para nossa prática e para o aprendizado dos alunos.”

Já a professora Gilcimara Gondim, com mais de duas décadas de experiência no ensino rural, compartilhou sua expectativa:

“Trata-se de um trabalho desafiador, mas também inovador. A formação continuada vai agregar muito à nossa atuação no campo.”

(…)

(oea com GdA)

 

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