A longevidade aumentou, mas o planejamento financeiro, não

idosos

Na Folha de S. Paulo, hoje, que oestadoacre reproduz trechos…a íntegra, no link Folha(para assinantes).

Por Michael Viriato

Em uma corrida de longa distância, ninguém começa no ritmo de um sprint. O segredo é dosar o fôlego, controlar o ritmo e ter reservas para os últimos quilômetros — especialmente quando não se sabe ao certo onde está a linha de chegada. Viver mais é exatamente isto: uma maratona sem mapa definido. E quem não se prepara pode acabar exausto antes do fim.

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Sêneca dizia: “A vida, se bem vivida, é suficientemente longa”. A questão é que, com os avanços da medicina e da tecnologia, ela está se tornando mais longa mesmo para quem a vive de forma desorganizada. Em 1970, a expectativa de vida ao nascer no Brasil era inferior a 60 anos. Em 2023, ela passou dos 76. É um salto impressionante de quase 20 anos em pouco mais de meio século.

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Para transformar essa preocupação em uma meta clara, uma boa referência é a chamada “Regra dos 250”: acumular um valor equivalente a 250 vezes a renda mensal que você deseja ter na aposentadoria. Se o objetivo for viver com R$ 10 mil por mês, será necessário acumular R$ 2,5 milhões. Isso permite uma retirada anual de 5% ao ano —um percentual compatível com aplicações conservadoras e capaz de manter o padrão de vida sem consumir o patrimônio prematuramente.

Quem hoje tem menos de 50 anos deve redobrar a atenção. Viver mais exige acumular mais. E o esforço para isso não pode ser adiado. Poupar precisa deixar de ser um ato esporádico e se tornar parte da rotina, com constância, estratégia e propósito.

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Grifo meu: maioria da população brasileira não tem como economizar para viver com ‘tranquilidade’ ou dignidade na velhice…e o texto passa ao largo desse dado…deixa tudo por conta da gerência pessoal de cada um.


J R Braña B.

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