Faltam 40 dias para o Enem: memorização é parte importante nos estudos

Crédito: José Cruz/ Agência Brasil

Por Oussama El Ghaouri 

Rádio Nacional – O Enem 2025 está chegando e os estudantes já sabem: nos dias 9 e 16 de novembro, as provas são uma verdadeira maratona de leitura e interpretação. Mas existem técnicas para enfrentar este desafio.  

A memorização de fórmulas, regras e datas é uma ferramenta importante porque a prova é longa e cansativa, com uma redação e 180 questões nos dois dias de prova. O professor de Geografia Sérgio Agner explica algumas das vantagens de ter as informações na “ponta da língua”.

“Quanto mais ele tiver na memória dele, conceitos, regras e fórmulas… mais rapidamente ele vai acessar esses recursos e vai conseguir interpretar melhor e mais rapidamente ele vai analisar e identificar os objetivos de cada questão. Resultado: mais rapidamente ele vai resolver as questões, principalmente as questões fáceis. E aí, ele poupa tempo para poder gastar tempo nas questões que são mais complicadas, que são mais difíceis, que são mais árduas”.

Segundo o professor, não adianta decorar informações soltas. É preciso conectar o que já foi aprendido com o novo conteúdo. Por exemplo: relacionar o conhecimento sobre o clima quente e úmido ao desenvolvimento da Floresta Amazônica, como explica Sérgio Agner:

“Quando ele faz essa ancoragem, as informações que aparentemente poderiam ser desconectadas, como Floresta Amazônica densa, biodiversa, perenifólia, sempre verde… elas não ficam mais desconectadas, porque ele vê uma relação entre o clima e o desenvolvimento da vegetação. E aí, quando ele chega na hora de uma prova, ele já tem essas informações conectadas, então ele tem uma memória de longo prazo e ele vai conseguir interpretar uma questão com muita velocidade”.

Entre as técnicas de memorização, estão a criação de frases, músicas, paródias, mapas mentais, linhas do tempo e a explicação em voz alta para um colega. Essa prática obriga o estudante a organizar as ideias e a perceber o que falta para consolidar o aprendizado, como destaca o professor de História Matheus Arraes:

“O exercício de memorizar e explicar traz benefícios adicionais. Ele melhora a concentração, ele desenvolve a disciplina, aumenta a autoconfiança. E a gente sabe que, no Enem, isso otimiza o tempo, isso garante que o candidato atinja exatamente o que a avaliação busca. E claro, dentro daquele perfil de articulação crítica de conhecimentos históricos com o mundo contemporâneo que ele vive”.

O professor de Sociologia Igor Storti dá outra dica de como reforçar a memorização, falando da época em ele estava no colégio.

“Eu me lembro, quando fui estudante pré-vestibulando, o meu quarto, ele era cheio de mapas mentais de todas as disciplinas de ciências humanas e ciências da natureza, com fórmulas físicas, por exemplo, com datas, acontecimentos e eu entrava num processo de revisão diária e tinha um impacto muito importante na minha formação e no meu processo de memorização”.

Embora seja uma ferramenta importante, o professor Sérgio Agner ressalta que só a memorização não garante sucesso no Enem.

A memorização é muito importante para o estudo. Não a memorização apenas, ela é uma das estratégias, ela é uma das bases, vamos dizer, dos pilares para que você tenha um bom resultado, soma-se a isso uma capacidade de interpretação, de análise, de abstração muitas vezes, realizar conexões entre conteúdos diferentes, interdisciplinaridade, mas a memorização é importante.

Outro alerta é sobre a importância do sono porque o cérebro só funciona bem e memoriza informações quando está descansado. Boas provas!

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