Embrapa Acre na COP30: ciência, floresta e gente

Diálogos

Por Embrapa

Durante a COP30, que acontece em Belém (PA) de 10 a 21 de novembro, a Embrapa Acre apresenta soluções tecnológicas que unem ciência, floresta e comunidades amazônicas. As inovações estarão na Agrizone, uma vitrine internacional voltada à agricultura sustentável, segurança alimentar e combate às mudanças climáticas.

“A Agrizone será o centro da agricultura sustentável. Serão 400 atividades técnicas, 45 cultivares e 30 sistemas produtivos de baixo impacto”, explica Bruno Pena Carvalho, chefe-geral da Embrapa Acre.

Entre as tecnologias em destaque está o Netflora, ferramenta baseada em inteligência artificial e drones capaz de reconhecer espécies florestais. Desenvolvido com apoio do Fundo JBS pela Amazônia, o sistema já mapeou mais de 100 mil hectares de floresta e será apresentado ao público pelo engenheiro florestal Mauro Karasinski.

“É um avanço na gestão sustentável das florestas brasileiras”, afirma o pesquisador.

Outro destaque é o Sistema Guaxupé, criado em parceria com pecuaristas acreanos, que aumenta em até 30% a produtividade de carne e bezerros, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa. “É intensificação com baixo custo e ganho ambiental real”, resume Daniel Lambertucci, da Embrapa Acre.

A Embrapa também leva experiências com Sistemas Agroflorestais (SAFs), testados há mais de 20 anos no Acre e em Rondônia, que integram árvores e lavouras e geram renda com conservação.

Os Sistemas Agrícolas Tradicionais do Alto Juruá terão espaço especial na programação, com debate sobre saberes ancestrais e conservação da agrobiodiversidade. “Esses sistemas guardam a ciência passada entre gerações”, explica Amauri Siviero, pesquisador da Embrapa Acre.

A programação inclui ainda o lançamento do livro “Caminhos para a Transição do Sistema Agroalimentar”, com capítulo assinado por Judson Valentim, que também integra o Banzeiro da Esperança, expedição fluvial que levará lideranças amazônicas à COP30.

No tema bioeconomia, o destaque será o potencial do bambu e a assinatura de um acordo entre Embrapa e Hydro, voltado ao reflorestamento de áreas mineradas. A pesquisadora Cleísa Brasil participa do lançamento do Catálogo de Máquinas da Sociobiodiversidade, que valoriza produtos como a castanha-da-amazônia.

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