A Câmara Criminal do TJ do Acre, em sessão realizada nesta quinta-feira (29), decidiu, por maioria, negar o Habeas Corpus nº em favor dos pecuaristas Assuero Veronez e Adálio Cordeiro, acusados de utilizar os serviços de uma rede de exploração sexual em Rio Branco.
Eles foram presos no dia 02 deste mês, como parte da ação da Operação Delivery, deflagrada pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual, mas respondiam ao processo em liberdade, em virtude de uma decisão liminar favorável obtida na data de 5 de novembro.
Na sessão desta quinta-feira (29) foi apreciado o mérito do Habeas Corpus e discutido se eles deveriam permanecer soltos ou não. A procuradora de Justiça Gilcely Evangelista, leu o parecer do MPE a respeito do caso e endossou a necessidade de prisão dos acusados.
Relator do HC, o desembargador Francisco Djalma votou pela manutenção da liminar de soltura, que ele havia concedido anteriormente. O magistrado alegou “não ter encontrado elementos legais que justificassem a prisão preventiva dos acusados”.
Já a desembargadora Denise Bonfim divergiu e ressaltou que os fatos apontam que “não há nada abstrato, mas sim a realidade, com fortes indícios de exploração sexual de menores na Capital e no Estado”.
Ela foi acompanhada pelo desembargador Pedro Ranzi, presidente do Órgão Julgador. O magistrado considerou que “há provas consistentes e grande repercussão social”, os quais, segundo ele, justificam a necessidade da prisão”.
O desembargador Francisco Djalma foi voto vencido, e a Câmara decidiu por denegar a ordem aos pedidos de liberdade, isto é, decidiu pela prisão de Assuero Veronez e Adálio Cordeiro.
Os mandados de prisão já foram expedidos e a expectativa é que eles sejam cumpridos ainda nesta quinta-feira.