Igualzinho como escreveu Fernando Brito.
Já aconteceu.
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Hoje, você vai assistir uma espetáculo “surreal”, como diz a garotada.
É a reentrada do senador Aécio Neves no Senado.
Será tratada pela mídia como a chegada do vencedor ao qual faltou apenas um pequeno detalhe: a vitória.
Aliás, o que carrega, mesmo, é a marca da derrota, porque não apenas perdeu a eleição atirando fora o favoritismo que o clima imposto pela mídia construiu, ao leva-lo de forma arrebatadora ao segundo turno, mas porque perdeu no Estado em que suas qualidades e capacidades eram mais conhecidas: Minas Gerais.
Veremos o paroxismo: a casa onde o Governo tem mais ampla maioria, o Senado,a festejar o regresso de alguém que, em lugar da humildade diante da manifestação do povo brasileiro, retornará com um ar arrogante e poderoso, de quem se pretende líder de uma possível insurreição congressual contra a vontade das urnas.
Vai fazer um discurso de “reizinho”, dizendo o que compete à oposição e ao governo fazer.
Pretensão, porque, discretamente, Geraldo Alckmin começa a sinalizar que disputará a condução do PSDB para um caminho de maior moderação, não só porque a falta d´água já lhe atinge o pescoço, como porque sabe que este tipo de histeria, hipertrofiado pela eleição e pelo furor midiático, costuma reluir ao primeiro sinal de bonança na economia.
O que você verá hoje na mídia será o retrato cru de sua natureza: a festa para quem foi derrotado pelo voto do povo e a guerra, impiedosa, contra aquela que recebeu, por maioria (difícil entender isso, não é?), a sua confiança para governar.
É a nossa imprensa “livre” e “democrática”.
E nós, os “sujos” que não recebem dinheiro, os “autoritários” que arriscamos a juventude pela democracia, é que defendemos a “dominação” da mídia…
Não precisa, não é?
Como diz também a garotada, “tá dominado, tá tudo dominado”.