J R Braña B. –
Declaração do presidente da Acisa (Associação Comercial do Acre), publicada na AgGov:
(…estamos vendo um projeto que não é um faz de conta. Ele foi planejado, e agora o governo chinês quer colocar em prática. Vemos na substância das palavras, nas atitudes deles, que eles valorizam esta parte do país e do Peru.)
Não são os chineses que vão fazer a obra dentro do Brasil da Ferrovia Transoceânica.
O governo Dilma anunciou concessões para as empresas que queiram entrar no programa, senhor presidente da Acisa!
O investimento estimado com base no custo da construção e material rodante de outras ferrovias brasileiras é de 40 bilhões.
Texto apresentado pelo governo Dilma no lançamento do PiL (Programa de Investimento em Logística) na terça, no Palácio do Planalto:
[Governo Federal – Os investimentos feitos pelo governo (governo do Brasil, Acisa! – J R Braña B.) e iniciativa privada em logística e infraestrutura vão beneficiar a todos: os estados, as regiões mais remotas e os brasileiros, principalmente os que mais precisam, com benefícios para a agricultura e escoamento de produtos e troca de insumos e serviços. Haverá uma atuação articulada federativa em favor do desenvolvimento regional]
Não é dinheiro da China!
São recursos do governo do Brasil e de empresas diversas, nacionais e estrangeiras (da China, inclusive) que, claro, recuperarão seus investimentos com os serviços concessionados pelo estado brasileiro depois das obras prontas.
A China (a Ásia) é um motivo, Acisa!
Motivo para o Brasil.
E qual o interesse chinês nesse acordo?
Um deles:
A China precisa se livrar (reduzir, pelo menos) do controle pelos EUA da passagem de navios pelo Canal do Panamá.
Seus navios têm que ficar na fila – e pagar pedágio caríssimo – toda vez que atravessam do Atlântico para o Pacífico e vice-versa (sem contar a distância até a China).
Porque o Panamá, país que abriga o canal – não manda em nada.
Não apita em nada.
Quem dita as regras são os EUA.
É isso, Acisa!
Não é bondade chinesa em desenvolver o Norte do Brasil e o Peru.
É a geopolítica do mundo que está em disputa neste século no fornecimento de mercadorias enes, madeira, soja, carne, frango e o escambau que o Brasil pode prover à Asia.
Não tem essa de a China vai fazer tudo!
Ou, como diz o presidente da Acisa…’ Não é um faz de conta…porque eles (chineses) valorizam esta parte do país e do Peru.’
Quem dera…!
Longe disso.
A China é a cliente do essencial, que se transforma depois em lucros grandiosos no troca-troca comercial.
E o Brasil é o vendedor de riquezas essenciais (muitas vezes sem valor agregado).
O Peru também é vendedor (na mesma situação).
A China quer se garantir com comida e matéria-prima (as commodities, para usar o substantivo inglês que os colonizados brasileiros adoram pronunciar).
São 1,4 bilhão de pessoas que existem naquele espaço do mundo.
Eles precisam de alternativas econômicas e o Brasil também.
O Acre deu sorte na vida – e na história – em estar na nova rota da seda, senhor dirigente da Acisa!
E nem precisou de um Marco Polo.
É a dona Dilma Rousseff mesmo!
J R Braña B.
AgGov
Jane Vasconcelos
Ferrovia Transoceânica mobiliza indústria e comércio do Acre
A comitiva que participou da reunião com o embaixador da República Popular da China, Li- Jinzhang, realizada em Ji-Paraná (RO), na segunda-feira, 8, avaliou como “positivo, proveitoso e cheio de esperança” o encontro que mobilizou os governos de Rondônia, de Mato Grosso e do Acre.
O presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), Adriano Silva, considerou a reunião como um marco histórico para o Estado. “A ferrovia é uma solução definitiva para a logística complexa que vive nosso Estado até hoje. A gente está acreditando que o projeto sai do papel o quanto antes, e temos certeza de que a situação de insumos, além de todos os setores da indústria, vai estar equacionada em relação aos custos de transportes”, declarou.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio), Leandro Domingos, lembrou que o transporte rodoviário no país está saturado, onerando o custo dos produtos e inviabilizando a competição internacional. “Eu acho que esse meio de transporte dos produtos nacionais por ferrovias com certeza vai jogar o Brasil para o futuro. Nessa reunião, podemos aferir com profundidade o sentimento dos empreendedores chineses e acreditamos na seriedade da proposta que vai alavancar a economia brasileira”, disse.
Jurilande Aragão, presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa), ressaltou a seriedade da proposta. “Primeiro é uma grande alegria, pois estamos vendo um projeto que não é um faz de conta. Ele foi planejado, e agora o governo chinês quer colocar em prática. Vemos na substância das palavras, nas atitudes deles, que eles valorizam esta parte do país e do Peru.”
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