Uma liminar impediu que o ex-deputado Hildebrando Pascoal deixasse a prisão nesta quarta-feira. O desembargador Roberto Barros, do Tribunal de Justiça do Acre, cassou a decisão que permitiria ao “assassino da motosserra” o direito ao regime semiaberto.
O desembargador atendeu a um pedido do Ministério Público, que afirma não haver provas suficientes de que o ex-deputado tem condições de voltar ao convívio social. Nesta terça, a juíza Luana Camposhavia concedido a Hildebrando o direto de progressão para o semiaberto.
Os promotores pediam que o ex-deputado fosse submetido a um exame criminológico que avaliasse se ele tem potencial para cometer novos delitos. Eles lembraram que, em 2011, Hildebrando Pascoal escreveu cartas com ameaças a autoridades do Estado. Ainda assim, a juíza rejeitou o pedido do Ministério Público e argumentou ser impossível fazer “adivinhação” sobre o assunto.
Ex-coronel da Polícia Militar, Hildebrando comandou um grupo de extermínio que ficou conhecido em todo o país por usar métodos bárbaros de execução. Em um dos casos, um mecânico que teria colaborado com um rival de Hildebrando foi esquartejado com uma motosserra, ainda vivo. Ele está preso desde 1999 e foi condenado a mais de 100 anos de prisão, por crimes como homicídio, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.