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Rádio TSF
Os autoanticorpos da Covid-19 que ajudam o vírus em vez de o combaterem
Mais de 5% dos pacientes com Covid-19 analisados por cientistas da Universidade de Yale tinham autoanticorpos que enfraqueciam o sistema imunitário e os faziam desenvolver doenças mais graves.
Uma investigação da Universidade de Yale sobre a proteção desenvolvida pelas pessoas que já tiveram Covid-19 revelou que a doença gera “anticorpos rebeldes” que, em vez de lutarem contra o vírus, ajudam-no a atacar o sistema imunológico.
Segundo este estudo, citado pelo jornal The Guardian, os chamados autoanticorpos têm um formato diferente, pelo que ligam-se às células humanas e, em vez de desativarem o vírus, como seria de esperar, bloqueiam a defesa contra este, ajudando a atacar, por exemplo, o cérebro, os vasos sanguíneos, o fígado e o sistema gastrointestinal.
De notar, contudo, que esta investigação da Universidade de Yale ainda não foi publicada em nenhuma revista científica nem analisada por outros cientistas.
O estudo envolveu 194 doentes e funcionários de hospitais infetados pelo coronavírus. Os cientistas verificaram que quanto mais anticorpos deste género existiam no sistema do doente, mais grave era a manifestação da doença.
Mais de 5% dos pacientes hospitalizados tinham autoanticorpos que enfraqueciam o sistema imunitário, sendo que foram estes os doentes a desenvolveram doenças mais graves. O mesmo se verificou nos testes de laboratório feitos com ratos – aqueles que desenvolveram mais autoanticorpos ficaram mais suscetíveis à infeção e com maior probabilidade de morrer da doença.
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