crônica
Morte matada
Francisco Dandão – Apenas 16 das 64 equipes que começaram a Série D do Brasileirão deste ano ainda sobrevivem na competição. Ao longo do caminho, diversos corpos, das mais variadas cores, ficaram estirados na poeira da estrada. E depois da rodada deste domingo (14), outros oito serão eliminados.
Depois da primeira parte do certame, quando se jogava no sistema todos contra todos, passou-se para a fase “mata-mata”. Pra mim, quem é eliminado nessas diversas fases de “mata-mata”, morre de “morte matada” e não de “morte morrida”. A despeito dos esforços, a eliminação é sumária.
São partidas duríssimas, onde qualquer coisa pode acontecer. Nos jogos de ida dessas oitavas de final nada ficou definido. Foi tudo placarzinho apertadinho, com uma diferença de mísero um gol para os times vencedores. Cinco das oito partidas acabaram com a igualdade no placar. Pau a pau!
Quando confrontos de ida nesse sistema “mata-mata” terminam empatados, se costuma dizer que o anfitrião da partida de volta se transforma em favorito. O raciocínio é simples: se o visitante conseguiu empatar fora de casa, então, quando joga nos seus domínios, tudo deverá ser mais fácil.
Entretanto (todavia, contudo etc.), como tudo na vida sempre pode ter uma “conjunção adversativa”, e ainda mais levando-se em conta que futebol não tem muita lógica, não será surpresa para ninguém se alguns dos times que jogarão a decisão fora dos seus domínios venham a se dar bem.
Nessa linha de raciocínio, eu até fiz uma fezinha num desses sites de apostas esportivas apontando o sucesso do Rio Branco contra o ASA. Todos os prognósticos dão conta de que o time alagoano é favorito. Mas eu digo que é melhor assim, porque apostar na zebra dá sempre um prêmio maior.
E não venham me dizer que eu sou apenas um desses torcedores maluquetes que rasgam dinheiro e uivam para o céu em noite de lua cheia. Não senhor, nada disso. Embora o Rio Branco apareça como “azarão”, eu soube que o ASA não apresentou nada de especial no primeiro jogo.
Informações reais que me foram passadas pelo agente russo “Toinhoff Bilff”, dão conta de que o sistema de jogo favorito dos alagoanos é o “nove e quinze”, aquele em que as bolas são tocadas lateralmente, sem qualquer profundidade. Embora isso possa ter sido tão somente tática de visitante…
De qualquer forma, seja isso ou aquilo, o certo é que os dados rolaram e a sorte está lançada. Tomara que os deuses do futebol prefiram ver brilhar uma estrela rubra no firmamento azul do que apreciar a evolução de algum objeto alado. Pra mim, uma estrela é mais bonita do que algum tipo de “asa”.
Francisco Dandão – jornalista, poeta e tricolor
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