G1 Acre – O Ministério Público Federal peticionou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedido de venda antecipada de cinco carros e uma aeronave do governador Gladson Cameli que foram apreendidos durante a 3ª fase da Operação Ptolomeu, deflagrada em março deste ano e investiga corrução e lavagem de dinheiro no atual governo.
“Na ocorrência de risco de deterioração e desvalorização da aeronave e dos veículos automotores alhures elencados, a medida mais adequada é a venda antecipada dos bens, com posterior depósito do produto da alienação em conta vinculada ao juízo até o julgamento do feito, mediante conversão em renda para a Fazenda Pública em caso de condenação, ou em caso de absolvição, à sua devolução ao atingido pela constrição”, destaca no pedido o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos
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Veja a lista dos bens:
- Chevrolet Cruze PRE2 NB AT;
- Land Rover/Discovery TD6 HSE7;
- VW/JETTA GLI AG;
- BMW/X6 XDRIVE;
- VW/AMAROK CD 4×4 High;
- Aeronave Beech Aircraft 8, matrícula PT-WGK
Em valores somados, os bens custam mais de R$ 4,4 milhões.
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‘Absurdo’, diz defesa
Em nota, os advogados do governador, Ticiano Figueiredo, Pedro Velloso, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto e Telson Ferreira, classificam o pedido de venda antecipada de bens como ‘absurdo” e dizem que ele ‘sequer’ foi denunciado “em uma investigação que patina há anos, sem conclusão. Ele citar o artigo 5º da Constituição Federal que diz que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.
Ainda na nota, a defesa afirma que a medida é uma atitude desesperada. “A tentativa de venda precipitada de bens, antes mesmo da conclusão do caso, é nada além de uma atitude temerária e desesperada, com o fim de gerar fatos midiáticos”, finalizam.
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Operação anterior
Em dezembro de 2021, Cameli já tinha sido alvo da primeira fase da operação. O político se elegeu governador do Acre em 2018 e foi reeleito para um segundo mandato no ano passado. Na época, 41 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão foram deflagrados. O Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou a operação, determinou o afastamento das funções públicas dos envolvidos.
De acordo com a PF, na operação da época, foram apreendidos, no total:
- Seis veículos, estimados em R$ 1,7 milhão;
- R$ 600 mil em espécie, entre dólares, euros e reais;
- 33 relógios e 10 joias de alto valor, totalizando mais de R$ 1 milhão, aproximadamente;
- R$139 mil reais em celulares apreendidos.
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