Coluna de Dandão: Tricolor do mais puro aço!

cronica de dandão

Francisco Dandão – O time tricolor do Acre provou, nessa quinta-feira que recém passou, que é feito do mais puro aço. Tem uma história de altos e baixos, ora com campanhas pífias, outra hora com vitórias retumbantes. Mas, como é de bom aço, pode até envergar, entretanto jamais vai quebrar ou, sequer, rachar.

Falo do Independência, que se sagrou campeão estadual de 2024 com todos os méritos. Foram dez os jogos disputados, contra adversários que, em vários momentos, impuseram inúmeras dificuldades. Dez jogos dos
quais o time venceu cinco, empatou quatro e perdeu apenas uma única vez.

É somente o terceiro título do Tricolor do Marinho Monte em trinta e seis campeonatos disputados na era do futebol profissional do Acre. Antes desse momento apoteótico, o Independência vencera os campeonatos de 1993 e 1998. Vinte e cinco longuíssimos anos se passaram desde então.

Para se ter ideia, fazia tanto tempo que o Independência não levantava o caneco do campeonato acreano que na última vez ainda se jogava no estádio José de Melo, onde existia um lugar chamado Vietnã e onde havia mangueiras cujos galhos eram arrancados para se tornarem bandeiras.

Não vi esse Independência de hoje em ação, dado que, como já disse em outra ocasião, não moro no Acre neste momento. Coincidentemente (ou não), por esses tempos que correm moro no Rio de Janeiro, justo o estado
de onde saíram os atletas que conduziram o tricolor ao alto do pódio.

Então, como não vi o time em ação, não posso garantir o quanto que esses caras jogam. Mas eu sei que tem uns moleques muito bons de bola aqui em terras cariocas. E não é de hoje não. Aliás, tem um monte de
carioca que foi para o Acre, ao longo do time, que tratava a “deusa” com grande respeito.

Enquanto escrevo, lembro os nomes de alguns. Casos do Paulão, do Guedes, do Bené, do Nirval (esses importados pelo Atlético, na primeira metade da década de 1970). Ou, mudando de um distrito para outro da
capital, casos do Niltinho e do Guga, levados pelo Juventus, nos anos 1980.

O Independência, naquela época de virtuoses da bola, preferia pegar gente do Norte do país. O goleiro Ilzomar saiu de Belém direto para o Marinho Monte. Já os meias Saúba e Augusto, bem como os atacantes Valdir Silva e Júlio Cesar, fizeram a ponte aérea entre Manaus e Rio Branco.

Mas, voltando ao fio da meada, o start para a produção dessas linhas da hora, o que importa é que o Independência, com a sua atual legião carioca, voltou aos tempos de glória e, ao conquistar o título de 2024, se
credenciou para ter um calendário cheio no próximo ano. Cheio de jogos e de money.

Glória eterna ao Tricolor de Aço!

Francisco Dandão – cronista e tricolor – Do amador ao profissional, Dandão sabe tudo de futebol e um pouco mais

(…)

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