Mariri e a magia do Festival Yawa em Tarauacá

Cultura

O Acre, conhecido pelas florestas e a rica cultura dos povos, é um lugar onde a tradição e a natureza se entrelaçam constantemente. Esta semana, a aldeia Mutum, situada na Terra Indígena Rio Negro, no município de Tarauacá, recebe mais um Festival Yawa, organizado pelo povo Yawanawá, também conhecido como o “povo das queixadas”.

O festival oferece uma imersão na cultura Yawanawá, onde os visitantes têm a oportunidade de vivenciar de perto os costumes e as tradições da comunidade. Durante o evento, acontecem atividades como as danças do mariri, músicas ancestrais, narrativas místicas e rituais espirituais com o uso do UNI (cipó) e Rumê (rapé), conduzidos pelos pajés. Além disso, brincadeiras que imitam animais locais fazem parte das celebrações, resgatando a cultura viva da floresta acreana.

O mariri, dança tradicional, mais do que uma expressão artística, é um momento de união e celebração da vida, conforme a crença Yawanawá de que a alma deve sempre estar alegre para manter o equilíbrio espiritual. À noite, enquanto a floresta se cobre de estrelas, os pajés entoam rezas, não apenas para curar os doentes, mas também para invocar a saúde e a harmonia de todo o mundo.

O povo Yawanawá reafirma seu compromisso com a manutenção de sua identidade, cultura e espiritualidade, cuidando de seus territórios sagrados e celebrando a sabedoria dos ancestrais. A batida dos pés no terreiro, a poeira levantada e o ritmo das danças são lembranças constantes de que, para o povo Yawanawá, a conexão com suas origens é vital para o futuro.

Em tempo: no início dos anos 2000, o povo Yawanawá, vivia um momento de desânimo e desmotivação. Para revitalizar a comunidade, um grande encontro foi realizado em Tarauacá.

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