Luis Nassif, do GGN explica (não é difícil compreender)
Trecho…
Se o Regime de Metas não for revisto, desastre à vista
O Banco Central fez duas intervenções no mercado de câmbio, uma de US$ 4,850 bilhões entre 5a e 6a feira e outra de US$ 4,7 bilhões ontem. E o dólar continuou subindo.
Essa vulnerabilidade – que trouxe a volatilidade internacional do dólar para dentro do país – ocorre apesar de reservas cambiais de US$ 350 bilhões. Deve-se à maneira como autoridades econômicas, todas amarradas a interesses de rentistas, administraram a política cambial nas últimas décadas. Flexibilizou-se a posse de dólares nas mãos dos exportadores, permitiram-se abertura de contas em dólar por pessoas físicas. Enfim, uma série de medidas integrando o mercado financeiro aos mercados internacionais, sem que o país dispusesse de uma moeda forte.
O golpe final foi a introdução do Regime de Metas Inflacionárias, colocando nas mãos do mercado, nas chamadas expectativas, a definição da taxa de juros básica da economia.
Tudo isso em um país com o principal instrumento de criação de expectativas – a mídia – capturada pelo mercado e incapaz de trazer uma discussão racional ao tema.
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Em tempo: nesta quinta o Dólar caiu mais de 2%….e fechou a R$ 6,12.