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Mujica, um lutador estóico

Editora Bogotá - Nossa América

por oestadoacre.com
7 de junho de 2025
em Acre
Mujica, um lutador estóico
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Publicado pela Colômbia Informa

CI.- José “Pepe” Mujica, ex-guerrilheiro Tupamaro, preso político e ex-presidente do Uruguai (2010-2015), morreu na terça-feira em sua humilde fazenda em Rincón del Cerro. Desta forma, encerrou uma vida de resistência, austeridade e busca pela liberdade.

Sua filosofia de vida, longe do consumo desenfreado e próximo da natureza, fez dele uma voz crítica do capitalismo e um símbolo de coerência para a América Latina.

Um estóico no capitalismo

Os estóicos, filósofos gregos e romanos, propunham viver em harmonia com a natureza, rejeitavam os excessos materiais e cultivavam a virtude.

Mujica, com sua vida simples e sua rejeição ao consumismo, foi um herdeiro moderno dessa tradição.

 

 

“Eu sou um velho meio louco, porque filosoficamente sou um estóico … E isso não se encaixa no mundo de hoje”, confessou certa vez.

Para ele, a verdadeira liberdade não estava em acumular riquezas, mas em escapar da escravidão do consumo: “Quando eu fujo da lei da necessidade. Se a necessidade me obriga a gastar tempo para obter meios econômicos com os quais tenho que pagar pelo consumo que tenho, não sou livre. Sou livre quando passo o tempo da minha vida com o que gosto e o que quero. Claro, porque é meu. É o que as pessoas têm menos tempo para hoje.”

Essa convicção o levou a doar 90% de seu salário presidencial, a morar em sua modesta casa rural e a rejeitar os luxos do poder.

Sua austeridade não era uma pose: era uma filosofia de vida, uma resistência ativa contra um sistema que, em suas palavras, “nos torna escravos de nossas próprias ambições”.

 

 

Da guerrilha urbana à prisão: a forja de um revolucionário

Mujica foi membro do Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros (MLN-T) na década de 1960, um grupo guerrilheiro urbano inspirado na Revolução Cubana que desafiou o Estado uruguaio com ações armadas, retenções e expropriações.

Capturado quatro vezes, ele sobreviveu a seis balas em 1970 e encenou fugas ousadas como a de 1971, quando escapou por um túnel com 105 companheiros.

No entanto, sua queda definitiva ocorreu em 1972.

Durante a ditadura cívico-militar (1973-1985), foi submetido a torturas e condições desumanas: passou anos algemado, isolado em celas de concreto e privado de leitura.

“Fiquei amarrado com arame por seis meses, quase à beira da loucura”, lembrou ele décadas depois.

Esses 14 anos de prisão não quebraram seu espírito, mas semearam nele uma profunda reflexão sobre os limites da violência.

Em meio à luta clandestina, ele conheceu Lucía Topolansky, que foi sua companheira de vida até seus últimos dias, embora também tenha sido uma das políticas mais votadas do Uruguai há uma década, que também foi vice-presidente e senadora do Uruguai, entre outros cargos públicos.

 

 

De prisioneiro político a presidente: construindo uma alternativa

Após sua libertação em 1985, Mujica abraçou o caminho democrático.

Eleito deputado em 1995 – chegou ao Parlamento em uma modesta motocicleta Yamaha – seu carisma e humildade o tornaram uma referência do Movimento de Participação Popular (MPP), a força mais votada da Frente Ampla desde 1999.

Como ministro da Pecuária e Agricultura (2005-2008) e depois como presidente (2010-2015), promoveu reformas progressistas: a legalização da maconha (2013), o casamento igualitário e a descriminalização do aborto.

Ele rejeitou símbolos de poder: morava em sua fazenda, doava 90% de seu salário e criticava o consumismo: “Pobre não é aquele que tem pouco, mas aquele que sempre quer mais”.

Pensamento e legado: das armas às palavras

Mujica transcendeu as fronteiras como uma voz crítica do capitalismo e promotora da paz.

Em 2016, ele acompanhou os acordos entre a Colômbia e as FARC, onde disse: “Eu também acreditava que a violência era o caminho. Hoje sei que o mais difícil é convencer com razões.”

Na CELAC (2023), ele alertou: “Se deixarmos a Colômbia em paz, deixaremos a América Latina sozinha diante de seus fantasmas”.

Sua filosofia, tecida entre a dor da prisão e a esperança na política, foi resumida em uma máxima: “O ódio não constrói”.

Embora o câncer de esôfago que o afligia desde 2024 tenha extinguido sua vida, seu legado perdura: a coerência de quem soube passar da insurgência à institucionalidade sem renunciar aos seus ideais.

Um adeus austero

Como desejava, Mujica foi enterrado em sua amada fazenda, ao lado de sua cadela Manuela.

Não houve pompas fúnebres, apenas o silêncio da terra que ele tanto amava.

Sua morte nos convida a repensar sua mensagem: a luta pela justiça social não é um épico individual, mas uma semente que outros devem cultivar.

 

 


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