Nada mais que o velho futebol brasileiro.
O jogo que só o Fluminense saberia jogar.
Sem tic-tac.
Sem imitar o futebol europeu.
O FLU deixou o tic-tac enfadonho para eles perderem tempo.
Jogou nos seus limites, com a profundidade do eterno jeito de jogar do brasileiro.
Os tricolores, doentes, mortos, das catacumbas e vivos, apareceram nesta tarde para ver o seu time enfrentar, sem medo, o segundo melhor time da Europa.
A legítima tradição futebolera brasileira entrou em campo.
Com direito a gol anulado (corretamente), feito em linha de passe.
Acredite… o FLU fez um gol em linha de passe de cabeça que acabou anulado…
Ninguém faz isso à toa.
O Fluminense deu uma aula de psicologia no esporte.
Deixou nervoso um time de milhões de Euros.
A Internazionale é uma verdadeira seleção dos melhores atletas disponíveis no planeta futebol.
Mas encontrou o chapéu da viagem.
Aos 3 minutos, o show começava.
Cano fez o L que o Brasil todo repete.
As cortinas se abriram para mais uma bela página da história do mais importante clube de futebol do Brasil.
Eu disse ontem, a propósito da derrota humilhante por 4 do rival para o Bayern da Alemanha, que o FLU é o único time brasileiro nesta Copa do Mundo que joga à brasileira… Por isso venceu.
O FLU não caiu na pegadinha do futebol europeu.
Pelo contrário: dominou os dois grandes do Velho Continente que enfrentou.
Não é pouca coisa…
Mas não se trata somente de futebol.
Trata-se de Fluminense.
Um nome que soa como poesia, e que só o Brasil poderia inventar.
J R Braña B.