Em discurso na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta terça-feira (5/8), no retorno dos trabalhos legislativos, o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) falou a respeito da decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele mencionou que parlamentares ligados ao ex-presidente atuam junto ao governo dos Estados Unidos para que este aplique tarifas exorbitantes contra o Brasil.
“Estão traindo a pátria. Estão querendo sabotar a pátria. Mas, a pátria está se levantando. Não aceita essas intervenções. Não aceita que o tal do presidente dos Estados Unidos mande um recado pelo Twitter ou pela sua rede social e o presidente começa a tremer as pernas e se ajoelha diante do império. Não! Aqui não se ajoelha diante do império. Se enfrenta o império. Não se rende a esse tipo de chantagem. Nunca na história, dos mais de 200 anos de relação comercial que o Brasil tem com os Estados Unidos, se viu uma chantagem tão descarada, tão vergonhosa, e gente batendo palma para isso. Falam os falsos patriotas dizendo que isso é culpa da falta de relação política. Intervir no Supremo Tribunal, dizer que não pode ser feito seus julgamentos com independência. Isso é submissão. Isso é sabujice. Isso é complexo de vir a lata e o Brasil não comporta isso”, disse Edvaldo.
Com relação à prisão propriamente dita, Edvaldo destacou: “as medidas cautelares foram consequências do seu comportamento. Não é o julgamento. Ainda vai vir, no devido processo legal. Nunca um julgamento foi tão televisionado, com transparência”, lembrou.
Em seu discurso, Edvaldo Magalhães lembrou a frase dita pelo então senador Ulysses Guimarães feita durante a promulgação da Constituição Federal de 1988: “Discordar? Sim. Divergir? Sim. Descumprir? Jamais. Afrontá-la? Nunca. Traidor da Constituição é traidor da pátria”.