ABDI: Tarifaço dos EUA impulsiona estratégia da bioeconomia na Amazônia

Perpétua destaca estratégias da ABDI para fortalecer bioeconomia da Amazônia após tarifaço

Um levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (Ipam) aponta que mais de 5 mil produtores e 216 empreendimentos da bioeconomia amazônica serão diretamente impactados pelas tarifas de até 50% aplicadas pelos Estados Unidos a produtos como açaí, cacau, mel e óleos vegetais, que renderam R$ 894 milhões em exportações em 2024.

Segundo a diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida, a medida agrava desafios históricos da região.

— A Amazônia possui um potencial extraordinário de geração de riqueza a partir de produtos como açaí, cacau, castanha-do-brasil e café, mas ainda enfrenta entraves como infraestrutura e acesso a mercados. Essa medida tarifária piora esse cenário – afirmou.

Perpétua Almeida, da ABDI

Ela destacou que a ABDI acelera projetos para agregar valor e diversificar mercados: expansão do Complexo Industrial do Café, indústria de beneficiamento de açaí em Feijó, apoio a cooperativas e tecnologias de rastreabilidade.

Em Manaus, o Hub de Inovação e Bionegócios, já 95% concluído, reunirá empresas, centros de pesquisa e produtores.

— É um momento crítico que exige resposta estratégica. Vamos transformar esse desafio em oportunidade para mostrar ao mundo que a Amazônia vale mais em pé do que qualquer commodity – completou Perpétua.

Enquanto os EUA elevam tarifas, a ABDI integrou missão do governo brasileiro à China, onde apresentou projetos do Acre, como o Complexo Industrial do Café e a indústria do açaí, e abriu negociações com a plataforma de e-commerce JD.com e o Banco dos BRICS.

A expectativa é ampliar exportações para o mercado chinês com apoio logístico e da ApexBrasil.

(oea com info da assessoria da ABDI)

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