Municípios brasileiros registram aumento de 50% nos casos de Hepatite A

Os surtos epidemiológicos provocados pelo vírus estão associados à transmissão sexual da doença

Crédito: Rodrigo Nunes/ Ministério da Saúde

Ministério da Saúde – Os casos de hepatite A dobraram no Brasil em 2024 e continuam aumentando em 2025. Os dados são do Ministério da Saúde e das secretarias municipais de saúde. Conforme o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério, houve alta de 54,5% de registros da doença na comparação com 2023.

Além disso, no período, nove capitais brasileiras tiveram notificações acima da média nacional. Entre elas, Belo Horizonte, que apresenta crescimento de 50% em 2025, de acordo com balanços parciais do município.

Confira o boletim aqui.

Sintomas

Geralmente, quando presentes, os sintomas são inespecíficos, podendo se manifestar inicialmente como:

– mal-estar,
– fadiga,
– febre,
– dores musculares.

Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de incômodos gastrointestinais como:

– enjoo,
– vômitos,
– dor abdominal,
– constipação ou diarreia.

A presença de urina escura ocorre antes do início da fase em que a pessoa pode ficar com a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses.

Transmissão

O vírus da hepatite A tem como principal forma de transmissão o contato oral-fecal, a partir do consumo de alimentos contaminados e condições de saneamento inadequadas. Mas, recentemente, os surtos registrados no Brasil estão associados à transmissão sexual.

A idade na qual se dá o contato com o vírus é crucial a atenção na evolução clínica: em crianças menores de seis anos, tende a ser pouco sintomático, enquanto a infecção em indivíduos acima de 50 anos pode evoluir de forma mais grave e sintomática.

A principal forma de prevenção contra a hepatite A é a higienização de alimentos e mãos, além da vacina.

Vacinação

O Ministério da Saúde vai ampliar a oferta de vacinação contra hepatite A. A partir de agora, as doses serão indicadas também para usuários da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que é a profilaxia medicamentosa utilizada para prevenção de HIV.

A iniciativa visa conter surtos na população adulta e atende a uma mudança no perfil epidemiológico da doença. A ampla vacinação de crianças no País levou à redução de mais de 95% dos casos nesse público.

Confira o calendário de vacinação aqui.

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