No Extra, do Rio
Danilo Lovisaro, procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Acre e presidente do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), reforça essa tese:
— Combater as facções no Brasil exige o isolamento de seus chefes. No entanto, quando transferimos esses chefes locais para penitenciárias federais, eles retornam ainda mais fortalecidos após o contato com outros líderes. Estamos permitindo que as organizações criminosas ampliem suas conexões. Uma liderança estadual, sem relevância nacional, acaba se aproximando de chefes mais influentes, estabelece novas alianças e volta ao estado de origem com maior poder e articulação.
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Há divergências, contudo, em relação a essa tese defendida pelo procurador-geral do MP do Acre.
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O diretor-geral da Polícia Penal Federal, Marcelo Stona, discorda de Lovisaro e garante que a inteligência por trás do funcionamento dos presídios inviabiliza esses contatos:
— Eu acho um pouco simplista a gente tentar atribuir problemas de segurança pública a um evento único, partindo de premissas que acabam não sendo verdade. O crime não se fortalece dentro do sistema penitenciário, pelo contrário, ele é contido. As pessoas acreditam que, se o preso X e o preso Y estão na mesma penitenciária, eles conversam e têm convívio, mas isso não é verdade.
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A matéria completa saiu domingo, 19.out, no Extra, do Rio de Janeiro, jornal do Grupo Globo.
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