Agronegócio, tráfico e queimada: o crime cresce onde o Estado encolhe

A falsificação de agrotóxicos em Franca(SP), com envolvimento do PCC, mostra como o agronegócio ilegal, o tráfico e o desmonte do Estado formam uma engrenagem que alimenta o caos

Foto: Julie Messia/Semapi

Olha como as coisas se encaixam: o agronegócio precisa da terra, o tráfico precisa da rota, a queimada abre caminho – e o Estado, reduzido ao mínimo, observa…

É o retrato dum país onde o crime avança com método e o poder público encolhe por ‘opção’.

Em Franca, interior paulista, o Ministério Público achou um esquema de falsificação de agrotóxicos.

Segundo a CBN, a rede criminosa tem ligação direta com o PCC e movimenta um mercado que representa até 25% das vendas nacionais.

Os produtos são fabricados em laboratórios clandestinos, embalados como originais e vendidos até no exterior.

Crime se infiltra pelas brechas do sistema e a estrutura do Estado, enfraquecida por cortes e falta de pessoal, não acompanha a complexidade do dinheiro sujo que circula entre o campo, a fronteira e a internet.

Em tempo: o fogo que abre pasto na Amazônia também abre rota pro tráfico. E o veneno falsificado que sai de Franca irriga a mesma lógica — lucro rápido, fiscalização fraca e um país inteiro pagando a conta.

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