Nem mesmo alta lucratividade de R$ 8,427 bilhões registrada nos últimos nove meses deste ano [alta de 18,4% em relação ao mesmo período de 2010] fez o Bradesco desligar sua máquina de demissão. O banco, o segundo maior do setor privado brasileiro, demitiu após o período de greve, dois funcionários lotados em agências da capital acreana.
A direção do Sindicato dos Bancários do Acre não concorda com as demissões e credita o desligamento dos dois funcionários a postura truculenta do gerente geral da instituição. O gestor ainda é acusado pela direção do sindicato de prática de assédio moral dentro das agências de Rio Branco.
Não podemos admitir que uma empresa como o Bradesco, em pleno século 21, ainda adote práticas conservadoras e antisindicais, pois a demissão de um dos funcionários está relacionada ao fato dele ter participado da última greve.
– O banco tem que entender que o direito de greve é um instrumento legítimo do cidadão, conforme a constituição brasileira de 1988, dispara contra a instituição a presidenta do Sindicato dos Bancários do Acre, Elmira Farias.
Querendo o fim das demissões o mais rápido possível nas agências acreanas e ainda prometendo buscar na Justiça a reintegração dos funcionários demitidos, o Sindicato dos Bancários promete realizar na manhã desta quarta-feira, na porta agência centro do Bradesco, um ato público.