No Acre, a expressiva maioria das famílias que explora a mão-de-obra doméstica não paga corretamente o que a Lei estabelece.
E ainda acha ruim.
A maioria.
Pois foi preciso um governo preocupado com o social (o PT e seus aliados) chegar ao poder central para que o Congresso Nacional resolvesse aprovar uma Lei que garantisse todos os direitos trabalhistas para as secretárias do lar.
Era o último resquício da escravidão no Brasil.
Escravidão dentro das casas das famílias brasileiras.
Também aqui no Acre.
Agora elas têm os mesmos direitos dos outros trabalhadores.
Carteira de Trabalho assinada.
Salário (pelo menos o Salário Mínimo).
Férias.
13º.
Hora extra.
E aposentadoria.
E outros que não lembro agora.
Muito bem.
Na segunda-feira, a líder das domésticas no Acre (Jane Aparecida da Silva de Souza) reuniu com outras mulheres importantes e pediu ajuda para começar a Campanha de Sindicalização das Trabalhadoras Domésticas.
Na linha de frente a primeira-dama Marlúcia.
Perpétua (ela tá em tudo quanto é causa boa!).
Almerinda…
E várias outras mulheres combativas e guerreiras ligadas aos movimentos sociais.
Havia homens também (deputado Sibá era um deles), como podem ver na foto.
Bom sinal.
Domésticas do Acre, uní-vos!
Que as patroas e madames vão ter que se enquadrar.
Ou então que peguem no batente e façam elas o trabalho duro que as domésticas fazem há 500 anos no Brasil.
E a Oposição (PSDB, PMDB e DEMO) ainda diz que o Brasil não melhorou!
Educação…
500 alunos de famílias de baixo poder aquisitivo recebem Certificado em Curso de Línguas (Jovem falar outro idioma no Acre pode ser vantagem na disputa pelo mercado)
‘Sejam felizes e aproveitem a oportunidade’.
Foi assim que o governador Tião Viana saudou aos meninos e meninas que fizeram uma apresentação para o staf oficial na solenidade de recebimento do Certificado do Centro de Estudos de Línguas.
500 estudantes.
Todos da rede pública e, claro, oriundos de famílias com baixo poder aquisitivo.
O CEL, como é batizado o programa, foi criado no primeiro ano da gestão Tião Viana e a prioridade é capacitar alunos que querem aprender um segundo idioma.
O mercado do Acre vai se expandir.
O Estado está cercado de mais de 20 milhões de pessoas, por exemplo, que falam Espanhol.
E nunca demos bola para esse detalhe.
Que pode e deverá ser fundamental na hora de arrumar um emprego.
Na ZPE, por exemplo.
Quando estiver em pleno funcionamento, as empresas vão escolher seus funcionários com algo mais do que simplesmente um currículo vitae tradicional.
Terá vantagem quem souber falar outro idioma.
As empresas que estão se instalando na Zona de Processamento de Exportação vão negociar, prioritariamente com clientes de outros países.
E darão prioridade em contratar funcionários com domínio pelo menos um idioma estrangeiro.
Espanhol ou Inglês.
Com vantagem para o Espanhol, porque nossos vizinhos todos falam o idioma Castellano.
Nas escolas públicas do Acre essa compreensão de que aprender um idioma que não seja apenas o materno tá ganhando força.
E o projeto da ZPE do governo tem ajudado nessa percepção.
Por isso não é surpresa nenhuma a realização de entrega pela secretaria de Educação e o governo de Certificados do CEL.
Falar outro idioma é bom e pode ser vantajoso para quem vai entrar ou está entrando no mercado de trabalho.
Como disse o governador aos meninos do CEL…
-Eu tenho certeza de que vocês são vencedores.
Frase – Presidenta Dilma
-Nossos estádios de futebol não são padrão Fifa. Eles são Padrão Brasil.
Já começou?
Saiu no Aquiry!
Segundo o site, despesas do lançamento da chapa da Oposição em Cruzeiro do Sul (MBittar/Antônia) teriam sido custeadas pelo povo (que não autorizou) da cidade, via prefeitura.
Economia
Polo Industrial de Epitaciolândia
Será inaugurado na segunda-feira.
2 de junho.
A Oposição tá convidada a comparecer.
Horário: 9h30min
OCA de Xapuri
Quatros anos resolvendo os problemas da população do município do Acre mais conhecido no Brasil.
Foram mais de 180 mil atendimentos até agora.
Sugestão ao governo: instalar as OCAs pelo menos nos maiores municípios.
Esse artigo é de um jornalista da Folha
Foi publicado em Dez/2013, mas é muito atual
E por que cinco meses depois o PIG diz que nada presta no Brasil?
Lá no Brasil invisível
Vinicius Torres Freire, na Folha
Em uma viagem pelo interior mais pobrezinho do Nordeste, este jornalista deu com uma cena que então parecia meio exótica. Crianças alimentadas, numa barulheira alegre, lotavam um ônibus escolar amarelo como aqueles de filme americano, mas estalando de novo.
De onde saíra aquilo? Na lataria, estava escrito: “Programa Caminho da Escola – Governo Federal”. O jornalista confessa com vergonha que até este ano jamais ouvira falar do “Caminho da Escola”. Além do mais, tende a desconfiar de que alguns desses programas com nomes marqueteiros sejam ficções, que existam apenas naquelas cerimônias cafonas de anúncios oficiais.
O “Caminho da Escola”, porém, financiou quase 26 mil ônibus desde 2009, em mais de 4.700 cidades. Digamos que os ônibus carreguem 40 crianças cada um (deve ser mais). Dá mais de 1 milhão de crianças. Conhecendo a falta de dinheiro e as distâncias das escolas nos fundões do país, isso faz uma diferença enorme.
Daqui do centro rico de São Paulo, o Brasil, esse país longínquo, e muitas ações do governo parecem invisíveis. Quase ninguém “daqui” dá muita bola para programas populares dos governos do PT até que o povo miúdo apareça satisfeito em pesquisas eleitorais.
Juntos, tais programas afetam a vida de dezenas de milhões de pessoas, tanto faz a qualidade dessas políticas, umas melhores, outras nem tanto, embora nenhuma delas seja nem de longe tão ruim quanto a política econômica.
Quem “daqui” conhece o Programa Crescer (Programa Nacional de Microcrédito)? Existia desde 2005, foi reformado por Dilma Rousseff em 2011, quando passou a contar com crédito direcionado e juro baixo, ora negativo (5%, abaixo da inflação).
O Crescer já financiou o negociozinho de 3,5 milhões de pessoas, um terço delas recipientes de Bolsa Família. Tem uma versão rural, mais antiga, mas vitaminada nos governos do PT, o Pronaf, que ofereceu crédito a juro real ainda mais baixo a 2,2 milhões de agricultores pequenos na safra 2012/13.
O Pronatec já é mais falado, mas pouco conhecido (até mesmo pelo governo, que só agora começou a fazer uma avaliação de resultados). Irmão mais novo e em geral grátis do universitário Prouni, trata-se de um conjunto variadíssimo de ações que procura oferecer cursos profissionalizantes e técnicos (ensino médio).
Desde sua criação, foram mais de 5 milhões de matrículas (há evidências esparsas de grande evasão, de uns 20%, mas ainda falta estatística séria). A maioria das vagas é reservada para os mais deserdados dos brasileiros.
Reportagem desta Folha mostrou que os 13 mil médicos do Mais Médicos devem estar ao alcance de cerca de 46 milhões de pessoas no ano que vem. Não é uma política ampla de saúde, está claro. Mas, outra vez, vai resolver muito problema de muita gente deserdada desta terra.
O Minha Casa, Minha Vida já entregou 1,32 milhão de casas; tem mais 1,6 milhão contratadas. Beneficia 4,6 milhões de pessoas.
Junte-se a isso tudo as já manjadas transferências sociais, em dinheiro, crescentes em valor e cobertura. É muita gente “de lá” beneficiada. Goste-se ou não do conjunto da obra, o efeito social e político é enorme.
A gente “daqui” precisa visitar mais o Brasil.
[Vinicius Torres Freire está na Folha desde 1991]
Charge do Bessinha
Publicada originalmente no Caf.
Por hoje, FIM