Não poderia deixar de abrir a coluna desta quarta, mesmo com o empate de Brasil X México de ontem, que não fosse com esta análise de Luis Nassif sobre a saída de Joaquim Barbosa da relatoria do Mensalão (o do PT, porque o tucano, o primeiro e original, não saiu da gaveta).
Como diz LN, o outsider (homem que não se enquadra na sociedade, que vive às margens das convenções etc etc…) sai de cena nesse processo da pior forma possível.
Atenção políticos da Frente Popular que vacilam na hora de defender o governo das acusações da direita!
Leiam!
———–
Joaquim Barbosa, o que poderia ter sido grande, mas foi apenas mau
Autor – Luis Nassif
Quando o outsider entrou no STF (Supremo Tribunal Federal), os senhores formais aceitaram com superior condescendência. O outsider tinha currículo, falava várias línguas, desenvolvera teses importantes sobre inclusão.
Mas era outsider. Não vinha de família de juristas, gostava do ambiente informal dos botecos, era de pouquíssimos amigos e nunca fez média na vida.
Conquistou tudo na porrada, dependendo dele e só dele.
Tinha tudo para entrar para a história, derrubando conchavos, despindo o formalismo e a hipocrisia de muitas togas, subvertendo formas de ver o mundo, trazendo para o Supremo os ares da contemporaneidade e a marca altiva de sua cor e dos que conquistaram tudo sem nunca ceder.
Mas faltava-lhe algo, uma peça qualquer no sistema emocional, que o tornou uma espécie de Mike Tyson com toga, uma força gigantesca e incontrolável assombrada por mil demônios internos que o impediram definitivamente de se tornar um grande.
O que moldou esse lado emocional tosco, rude, cruel, não se sabe. As intempéries da vida costumam construir grandes caráteres; mas também modelam a crueldade, a vingança permanente contra tudo e todos que ousem se interpor no caminho.
Foi o caso de Joaquim Barbosa.
Seu mundo tornou-se uma ilha pequena, restrita, cercada por um oceano infestado de tubarões querendo prejudicá-lo, cada gesto contrário visto como ameaça ao que ele conquistou.
Cada julgamento tornava-se uma guerra a ser vencida a qualquer preço, até com a sonegação de provas, se necessário. O tribunal era a arena povoada de gladiadores sangrentos aguardando o polegar para baixo do público para a degola final dos inimigos. E todos eram inimigos, o réu a ser condenado, o colega que ousasse discordar de qualquer posição, o advogado que rebatesse seus argumentos.
O ódio como seiva vital
Em poucas pessoas vi ódio tão acendrado, a raiva como motor de todas as atitudes, um egocentrismo tão exacerbado a ponto de tratar qualquer voz dissidente como um inimigo a ser aniquilado.
Talvez em José Serra, que, em todo caso, sempre foi suficientemente esperto para agir através de terceiros.
Joaquim Barbosa nunca usou as armas da hipocrisia, a malícia das jogadas. Como Tyson, sempre saía de peito aberto distribuindo porradas pelo mundo. O que o movia não era a desonestidade, a vontade do poder, um pouco talvez a busca da popularidade, mas, acima de tudo, dar vazão ao ódio, sempre o ódio como seiva vital.
E esse bruto – na definição mais ampla do termo – foi transformado em campeão branco da mídia na disputa política. Emocionalmente tosco, embarcou no jogo de lisonjas, do “menino que mudou o Brasil”.
Por um tempo, exercitou o duplo jogo de quem se formou nas guerras da vida e na formalidade de um poder hierárquico. Enfrentava o mundo jurídico intimidando mentes formais com a truculência desmedida das discussões de rua e de botecos; e se impunha com os amigos de praia com a condescendência dos que subiram na vida mas não esqueceram as origens.
Acima de tudo, contava com o beneplácito da mídia, que ele conquistou sem pedir mas que lhe proporcionou ser ouvido pelas ruas.
Com tal poder, passou a quebrar dogmas, mas da pior forma possível, atropelando direitos, sendo agressivo até o limite da boçalidade em um ambiente eminentemente formal.
Os juristas que domaram a besta
Coube a dois juristas de extrema afabilidade desmontar a besta.
Um deles, Celso Antônio Bandeira de Mello, o doce Bandeira, unanimidade no mundo jurídico por sua firmeza cortez, pespegou-lhe na testa a definição definitiva: “É um homem mau”.
Outro, Luiz Roberto Barroso, o homem dos salões cariocas, o iluminista que, ainda como advogado, arejou o Supremo com a defesa de teses contemporâneas, ao reagir à agressividade inaudita de Joaquim, sem perder a calma e sem perder a firmeza.
E aí, começaram a desmoronar as estratégias emocionais de Joaquim Barbosa, para enfrentar os rapapés do mundo jurídico e a rudeza dos botecos.
No mundo jurídico, a truculência deixou de intimidar, Pelo contrário, passou a ser tratada com uma impaciência cada vez maior de seus pares. No mundo dos bares, em lugar de só aplausos passou a ser perseguido por vaias.
Aos poucos, os grupos de mídia perceberam que Barbosa tornara-se uma carga inútil, pesada, a vitrine onde estava exposta a parcialidade do julgamento da AP 470. Com sua irracionalidade, estava transformando os réus da ação em vítimas da arbitrariedade mais ostensiva.
No Supremo, sua única influência era sobre Luiz Fux.
Restava-lhe o apoio da malta, aquela parcela mais desinformada da sociedade, que aplaude linchamentos, que defende a lei de Talião, que se regozija com qualquer bode expiatório. E, no contraponto, as vaias da selvageria que despertou no lado oposto.
Dos dois lados do balcão, o homem mau só conseguia trazer à tona os piores sentimentos dos admiradores e dos críticos.
A cena final
Quanto mais se isolava, mais Joaquim Barbosa radicalizava as arbitrariedades.
Ganhou alguma sobrevida graças a mudanças nos procedimentos do STF que impediam impetrar habeas corpus contra decisões do presidente da casa, uma iniciativa do ex-presidente César Peluso supondo que jamais a presidência seria ocupada por uma pessoa desajustada.
As arbitrariedades foram tão ostensivas que um gesto totalmente fora das regras – do advogado de José Genoíno questionando-o publicamente – não mereceu uma condenação sequer dos Ministros da casa. Pelo contrário, estimulou a defesa de Marco Aurélio de Mello, porque sabendo ser ato de absoluto desespero, de quem viu leis e procedimentos jurídicos atropelados pela insanidade de um julgador.
E aí o poderoso, o imbatível Joaquim Barbosa pediu aposentadoria e, ontem, se afastou da AP 470 procurando se vitimizar, dizendo-se alvo de manifestos políticos e de ameaças do advogado.
Sai no momento em que o STF iria colocar um fim em suas arbitrariedades.
Do Jornal Nacional mereceu uma nota seca, que surpreendentemente terminou com uma frase do advogado que o enfrentou: “Agora, o Supremo poderá voltar a julgar com imparcialidade”. De seus pares, não mereceu nada, nenhuma saudação. Talvez na última sessão seja agraciado com os elogios aliviados de algum colega seguidor das formalidades do STF.
Saindo, passa uma enorme sensação de desperdício. Desperdício em relação ao que poderia ter sido na renovação do STF, na afirmação da diversidade racial, na consagração do esforço individual.
Fica apenas a imagem de um homem mau e sem grandeza, cujo objetivo final é se vingar de um simples advogado que ousou enfrentar a sua ira.
[Grifo meu]: infelizmente a maioria das pessoas não tem acesso a um texto como esse escrito por Luis Nassif.
Que chato! Mais 500 casas serão entregue até o fim do mês na Cidade do Povo
Ao todo serão mais de 10 mil.
Maior projeto de habitação da história do Acre.
Que se transformará simplesmente na terceira cidade, em população, do Acre.
[Deu na Ag Oficial do Gov]
(…)
O ritmo das obras está intenso. Ao todo, 24 empresas trabalham atualmente na Cidade do Povo, nove apenas na construção das obras e edificações, com quatro mil funcionários. Junto com as 500 unidades habitacionais, estão previstas para serem entregues também a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e a Praça da Juventude.
A primeira entrega da Cidade do Povo foi de 392 unidades habitacionais em maio. Agora, com mais 500 casas para este mês, o governo fica mais perto de completar ainda este ano a primeira etapa, que engloba 3.348 unidades a custo zero para famílias carentes e de áreas de risco em Rio Branco.
Todos os serviços de água, esgotamento sanitário e energia elétrica já estão garantidos para as casas da próxima entrega. Os serviços de segurança, saúde e transporte público também serão reforçados. Além disso, o Detran atualmente possui quatro agentes em tempo integral na Cidade do Povo, cuidando principalmente para que os veículos de grande porte das obras não circulem pelas ruas das casas entregues e muito menos usem as vias já asfaltadas, mas sim vias por terra.
(…)
E o que faz a Oposição mesmo?
Além de campanha eleitoral?
Campanha…
Senador boliviano
Um novelo.
Se puxar…
Vai dar aqui no Acre.
E não é boa coisa.
Não é políticos da Oposição?
Luta contra as drogas
Na secretaria de Ação Social foram entregue equipamentos comprados com Emendas destinadas pela deputada Perpétua.
A ação é coordenada pela secretaria, comunidades terapêuticas e igrejas e tem por objetivo a recuperação de pessoas com dependência química.
Compare o Brasil de Dilma e o resto…
Fonte: OIT(Organização Internacional do Trabalho)
Vídeo – Um clássico da síndrome de Vira-Lata
O programa é o Manhatam Connection, da Globo News, que é apresentado todo domingo na emissora.
Um programa que não tem opinião divergente por parte dos apresentadores.
Só tem uma opinião.
E um objetivo:
Ridicularizar o Brasil.
Aí eles inventaram de convidar uma jornalista brasileira da BBC, que mora em Londres.
Veja no que deu.
Diogo Mainard (que mora em Veneza), presunçoso, arrogante, começa a desancar o Brasil.
Foi domingo passado.
Ele cita o tempo que morou na Inglaterra, quando ninguém perguntava ou queria saber do Brasil.
Quando ele morou lá o Brasil ainda não tinha sido governado pelo PT.
Tive que gravar só o trecho da pergunta dele e a resposta da jornalista porque o programa é longo e a Globo não põe no youtube.
A qualidade da minha gravação é péssima, claro.
Mas você vai ver o ridículo que é um jornalista coxinha e que sofre da síndrome de vira-lata.
Preste atenção na resposta da moça ao coxinha Diogo Mainard.
Assista: 1min34s
Para assistir ao Manhatam Connection completo aqui
Por hoje, FIM