Perpétua e eu somos amigos há muito tempo.
Desde os tempos do Sindicato dos Bancários…
Entendo o momento que está vivendo e sou solidário.
O momento é delicado para a filha Perpétua e toda sua família, que está concentrada em Cruzeiro do Sul.
O correio-eletrônico dela foi enviado no final da tarde de sábado.
Ei-lo:
Braña, querido.
Vivi um momento incrível agora com meu pai.
Ele está mais calmo, sem agitação, muito mais debilitado, mas consciente.
Quando entrei e pedi a benção ele disse:
-Peta? Deus lhe abençoe.
Ele falou:
– será que eu escapo dessa?
Eu:
– Pai o senhor tem fé?
Ele:
– Ora, menina.
Eu então disse:
-Pai, vamos agora fazer uma oração com a mesma força que o Sr fazia pra nós, quando lhe pedíamos que nos ajudasse a rezar.
Então fiz a oração com ele.
Eu falava e ele repetia cada palavra.
Pediu a Deus para que se faça a vontade dEle, pediu perdão dos pecados, pediu que se ainda não estivesse perdoado, Deus o deixasse mais um tempo. Depois ele fechou os olhos alguns minutos e quando abriu os olhos disse:
-Queria que a tua mãe viesse aqui (a minha mãe já fez a passagem dela há quase 5 anos).
Ele olhou pra parede e disse “eu quero conhecer o fruto daquela árvore. Que folha grande”!
E começou a me descrever os detalhes da árvore que via.
Eu disse: pai, vamos pedir a Deus para que mostre o fruto da árvore. Porque Deus pode ser o fruto daquela árvore, pai.
Ajudei a fazer nova oração com ele para que ele conhecesse o fruto daquela árvore. (Fiz a oração acreditando na árvore da Vida).
Clinicamente, sei que meu pai está em risco, tem poucas chances.
Espiritualmente, foi assim que entendi, ele está travando uma luta pelo seu encontro com Deus, para em paz, fazer a sua passagem.
Estou com meu coração em paz…
Foi com esse sentimento que saí da UTI.
As nossas orações, daqui pra frente, devem ser para que Deus segure na mão dele e faça a Sua vontade.
Post scriptum: estou na torcida para que o velho Jararaca melhore!
Por hoje, FIM