O candidato ao Senado pela Coligação Produzir para Empregar, Roberto Duarte, lamentou a postura do governador Tião Viana, acusado de cometer abuso de autoridade ao determinar a prisão do candidato Cleuson de Oliveira, do DEM. “Eu estava numa roda de amigos. A conversa era sobre essa história das promessas não cumpridas pelo governo nos municípios. O governador ouviu quando eu falei o termo “Tião Mentirinha”, uma critica feita pelos internautas que está rolando nas redes sociais, e perdeu a compostura. Ele me chamou de moleque e botou os seguranças para me prender. Ora, ele vai prender todo cidadão que criticar o governo dele?”, questionou o candidato. “Não houve desacato. Mas o abuso por parte do governador está evidente”, protestou Roberto Duarte, que esteve no município para acompanhar o caso.
O episódio se deu durante o lançamento da campanha de uma candidata apoiada pelo governador em Acrelândia, na noite de segunda-feira.. “Esta é mais uma prova da perseguição, do ódio e do medo impostos nas ruas do Acre pela ditadura petista. Chega! O Acre não tem dono. O Acre é do povo”, protestou Duarte, que interviu, pessoalmente, junto ao Ministério Público, na tentativa de evitar que este seja mais um caso impune envolvendo o “destempero do governo”.
O promotor Teotônio Soares, da Comarca de Acrelândia, determinou que a polícia civil registrasse uma queixa-crime contra Tião Viana. O escrivão de policia civil e o delegado da cidade, Marcus José da Silva Cabral, se negaram a fazer o Boletim de Ocorrência, alegando “não haver necessidade, porque o governador não cometeu nenhum delito.”. Ainda assim, o delegado desistiu da investigações acerca dos fatos.
Imagens de celular feitas por um vereador de Acrelândia mostram Cleuson sendo imobilizado pelos seguranças do governador. Ele aparece sendo colocado dentro de um carro oficial e, em seguida, conduzido à delegacia, com certa dose de truculência. Cleuson alerta que as cenas estavam sendo registradas e lembra que a força empregada na sua prisão poderia ser configurada como tortura física e psicológica. Os seguranças não permitiram que o candidato usasse seu telefone celular e também o proibiram de falar com a família e com o seu advogado.
Viana será intimado a depor na delegacia e o processo subirá ao Juizado Criminal.
Em Acrelândia, o governo prometeu investir R$ 82 milhões em três anos. A cidade apresenta deficiências na área de saneamento, pavimentação e falta de medicamentos nos Programa de Saúde da Família. E ainda prometeu asfaltar todas as ruas do Estado do Acre e não cumpriu.
[assessoria do candidato]