Autor: J R Braña B.
Li o que disse à imprensa do Acre o senador Jorge Viana sobre as denúncias da Lava Jato.
Acho que Jorge perdeu uma grande oportunidade de explicar – pedagogicamente – o que representa a Operação Lava Jato no Acre e no Brasil.
No Acre, especialmente.
Vamos lá:
O delator Paulo Roberto Costa, ladrão confesso da Petrobras – afirma em depoimento à justiça que GladsonC e outros recebiam propina todo mês.
Que recebiam uma mesada (um mensalão) entre 30 e 150 mil reais.
Todo mês, garantiu o delator ao juiz encarregado da operação.
Será que as delações desse bandido PRC só têm valor quando são contra integrantes do PT e do governo?
Pois, bem:
Contra o governador pesa de que sua campanha teria recebido recursos – 300 mil – de empresas envolvidas na Lava Jato.
[Na campanha eleitoral Tião Viana mostrou os recibos e disse que os recursos foram registrados na justiça eleitoral]
Recursos esses de campanha oriundos do PT nacional, que, aí sim, terá de explicar a origem.
Não há acusação direta a Tião Viana, como há contra GladsonC.
Essa é a diferença!
E que precisa ser dita!
Porém, de propósito, parte da imprensa procura confundir a opinião pública do Acre quando põe no mesmo balaio o senador GladsonC e o governador.
A mesma coisa faz a velha mídia brasileira, quando procura misturar Dilma e Aécio Neves.
Aécio foi denunciado e o procurador resolveu não levar adiante.
Sabe Deus por quê!
Dilma sequer foi denunciada.
Porque nem indícios há.
Mas a imprensa de direita aposta no circo.
Portanto, toda atenção!
As denúncias contra GladsonC são gravíssimas.
Eu já defendi e continuo defendendo que devolva o mandato dado pelos eleitores acreanos.
Porém, o senador terá todo o tempo do mundo para se defender.
Ele e os outros delatados pelo ladrão confesso PRC.
O senador GladsonC está na lista do procurador Janot (lista produzida pelo MPF)
O governador não está em lista alguma.
No embate político que se trava atualmente no Brasil – e no Acre também – é preciso não perder as oportunidades para esclarecer as coisas tintim por tintim.
Porque a confusão na opinião pública só interessa aos que têm interesses inconfessos.
Nem tão inconfessos assim.