Quem diria! – J R Braña B.
Extraído da Ag Gov
Rayele Oliveira
Mais uma cirurgia de epilepsia é realizada no HC em Rio Branco
Enquanto Maria Eliane Araújo aguardava na antessala do centro cirúrgico do Hospital das Clínicas (HC), um de seus sete filhos, Antônio (nome fictício), passava pela cirurgia de epilepsia na unidade. Ele foi o sexto paciente a ser submetido ao procedimento no estado, realizado neste mês.
Ansiosa pelo resultado, Eliane conta emocionada a história de Antônio, que já sofria com o problema antes de completar dois anos de idade. Hoje, ao vê-lo com 25, ela só pode esperar o que toda mãe deseja a um filho: que tenha saúde e viva bem.
Antônio nunca foi à escola ou teve a oportunidade de ser mais inserido no convívio social. Além da síndrome epilética, também apresentou outros quadros neurológicos que o condicionaram a viver na dependência da família.
Por sua vez, Maria Eliane precisou abrir mão de seus interesses pessoais para se dedicar exclusivamente ao filho, atravessando muitas dificuldades. “Algumas vezes quase vi meu filho morrer. Ele tem a cabeça toda cortada por causa das quedas, tem o corpo todo marcado dos arames lá da chácara, já se perdeu várias vezes, já tiraram ele de dentro do açude e já sofremos muito preconceito das pessoas. Nunca pude nem trabalhar, porque ele não podia ficar só”, relatou.
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O tratamento da epilepsia pelas palavras do neurocirurgião
Os serviços neurológicos que envolvem as cirurgias de epilepsia já estão consolidados no Acre desde 2014. Seja de forma clínica ou cirúrgica, os pacientes diagnosticados passam pelo tratamento para que seja possível ter o controle das crises, que, em alguns casos, provocam as convulsões.
“Há que se deixar claro que a epilepsia não tem cura e, portanto, não se sabe sua causa primária. O que se consegue é controlar, seja apenas com a medicação, ou, nos casos extremos, com a cirurgia. Depois dela, mesmo que o paciente passe anos sem ter crises, não é possível dizer que jamais voltará a ter alguma”, explica.