E nos mercados populares do Acre os espertos dominam de cabo a rabo o fruto que deveria ser de quem põe a mão na massa, de quem produz de fato na zona rural do Acre.
O ‘atravessador’ é o agiota duas vezes, pois é o que compra pelo preço injusto ao produtor e vende por um preço mais injusto ainda ao consumidor.
J R Braña B. –
AgGov
Miriane Teles
“É melhor estar na feira que passar para atravessador”, diz agricultora
“É melhor estar na feira que passar nossos produtos para atravessador. Estamos há muitos anos revendendo, e agora temos a oportunidade de gerir nosso próprio negócio”, diz a produtora rural Ana Rosa de Lima.
Sua barraca reúne a produção de uma horta com banana prata e comprida, mamão, jerimum, melancia, batata-doce, coentro, quiabo, maxixe, pepino, entro outros itens. “Outras colegas me avisaram que estavam pegando o nome de quem tem colônia e queria escoar produção, e estou desejando o sucesso da feira”, conclui Ana.
Os produtos da agricultura familiar são prioridade. O que é possível encontrar também na Barraca Eterno Reino: “Frutas, verduras, polpa de cupuaçu, castanha e vários produtos naturais da nossa área que a gente produz”, apresenta os produtos Rejane Maia. A chácara de sua família é também no bairro Benfica, e ali está reunida a produção semanal de cinco pessoas.
A feira é permanente e fica na entrada do Ramal Garapeira, na AC-40, Vila Acre. São 60 barracas com a produção local, praça de alimentação e atividades culturais. O evento tem o apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria de Pequenos Negócios e da prefeitura de Rio Branco.