Fernando Brito, tijolaço
Terá “Lava Jato” na fraude revelada pela Folha hoje na licitação de publicidade do Banco do Brasil?
Vão colocar em cana, até que confessem, os executivos do banco e os das agências de publicidade envolvidas?
Não é um trocado: o contrato prevê, segundo a Folha, gastos de até R$ 2,5 bilhões. É verdade que este é o valor da publicidade – do qual ao menos 80% fica para o veículo de mídia – adivinhe quais – e 20% para as agências.
Como estes são R$ 500 milhões, dá para acontecer uma bela “contribuição não contabilizada”.
Mas licitação fraudulenta, direcionada em tempos de lava Jato, de lista do Janot, do Fachin, de delações premiadas?
Pior, como mostra o jornal, com denúncia conhecida pela direção do banco e, ainda assim, mantendo a decisão “armada”?
Vejamos como a imprensa reage, quando o assunto é com ela.
O caso teria tudo para virar um prato cheio: a agência apontada pela Folha, num anúncio de classificados, antes da abertura dos envelopes com as propostas, a Multisolution, pertence a um jovem empresário, Pedro Queirolo, que gosta da vida social e da badalação e de corridas de automóvel e frequentava as colunas sociais com a agora ex-mulher Daniela Freitas, modelo e apresentadora.
Mas não vai.
Por que?
Ora, porque não vem ao caso mostrar que, desde que o mundo é mundo, corrupção sempre houve.
Mas os hipócritas, com seus powerpoint, estão menos interessados em evitá-la e puni-la de forma eficiente, seja onde for.
Preferem fazer disso uma arma política, morou?