# dilema do prisioneiro
A campanha eleitoral deste ano no Acre, antecipada – trouxe uma novidade dos dois lados que vão disputar o poder de fato.
Na teoria dos jogos (Merrill Flood e Melvin Dresher), o objetivo do jogador é aumentar a sua vantagem sem se preocupar com o resultado e/ou consequência para o outro jogador…detalhe: os dois jogadores estão presos e a polícia precisa descobrir quem, de fato, cometeu o crime…para isso um precisa delatar/dedurar/entregar o outro para ter o benefício que lhe foi proposto pelas autoridades…ficar em silêncio ou negar o crime pode ajudar os dois jogadores presos, porém, um não sabe o que o outro pode ou vai dizer…
Bem…
Oposição e Frente Popular, na esfera majoritária – vivem intrigas internas (jogo) e a desconfiança está tomando corpo de ambas alianças.
O que dá para dizer que a oposição não é tão oposição assim (não totalmente confiável em si mesma), nem a situação é tão situação assim (não totalmente confiável em si mesma), também.
Dobradinhas em campanha eleitoral sempre existiram…especialmente entre aliados candidatos proporcionais …agora dobradinhas cruzadas majoritárias (de oposição com situação e vice-versa) quase que explícitas, como se vê atualmente…isso, sim, é muito difícil e é a novidade desta campanha na política do Acre.
Dobradinhas cruzadas são facultadas para o eleitor, que pode votar em quem quiser…em vários partidos porque só a ele diz respeito o seu voto.
Porém, com a ruína política, econômica e social que vive o Brasil (o Acre por consequência) a lealdade entre aliados será item raro nesta campanha eleitoral aqui no nosso estado…candidatos do mesmo partido, nos bastidores, é claro, detonam seus próprios integrantes de chapa…por quê isso?
Fala-se de estruturas milionárias, nada republicanas – construídas nos últimos meses que assustam até o mais calejado dos políticos locais.
Certo mesmo é que essa anomalia política (dobradinha-cruzada), vamos chamar assim – pode levar o estado a mergulhar no fundo do poço mais profundo…nossos melhores poderão ficar de fora e a representação parlamentar do Acre no Congresso experimentar seu nível mais reles.
Sim, é possível piorar ainda mais a representação do Acre no Congresso.
Duvidas?…Não duvides!
Ao contrário do Dilema do Prisioneiro, onde pode haver dois vencedores no jogo (se eles disserem à polícia a coisa certa para eles, na disputa eleitoral majoritária das duas alianças no Acre isso é quase impossível (eleger dois senadores da mesma aliança, por exemplo)…
…Nesse caso específico, a traição entre aliados se sobrepõe à confiança na estratégia do jogo (eleitoral).
J R Braña B.
(rádioweb oestadoacre…música e informação…clique no play aqui nesta página, no começo, e pronto)